Retomando suas atividades desde o final de abril, a hotelaria de Maringá vive retorno gradual. Mesmo lançando campanhas de incentivo para fomentar negócios no destino, o setor na cidade paranaense ainda caminha em marcha lenta devido à falta do corporativo.

Em linhas gerais, os hotéis vêm registrando uma taxa média de ocupação na ordem entre 30% e 40%. Em setembro, um dos empreendimentos bateu recorde, atingindo 63,5% de UHs ocupadas, entretanto, esta não é a realidade da maioria. Em contrapartida, outra hospedagem ainda possui ocupação média 75% menor em relação ao período pré-pandemia, quando o indicador girava entre 60% e 80%.

“Notamos uma melhora sim em relação a setembro, estamos recebendo pedidos de cotações, o que é muito importante, pois anteriormente nem isso estava ocorrendo. Notamos também uma procura maior nos finais de semana. Isso está sendo bem positivo”, afirmou William Golfieri, gerente comercial do Hotel Metrópole Maringá.

A gerente do hotel Ibis Maringá, Fernanda Caride, enxerga melhora no setor, porém lenta. “Acredito que o público lazer será o foco agora, já que viagens domésticas estão aumentando”, destacou.

Maringá: potencial de retomada

O turismo regional deve ser muito forte na retomada. Pesquisa da TRVL Lab, em parceria com a Elo, aponta que o carro é a opção de transporte preferida de 61% dos brasileiros, o que indica deslocamentos mais curtos e próximos das cidades de origem.

Apesar disso, o Convention continua trabalhando articulações para a retomada do turismo de eventos e negócios em Maringá. A hotelaria e os demais segmentos do turismo são fortemente beneficiados com a realização de eventos na cidade. “Apesar das mudanças no cenário, acreditamos que o setor deve retomar as atividades mais intensamente no ano que vem. Estamos trabalhando para que o setor volte a movimentar bons números em breve”, afirmou Yara Linschoten, superintendente executiva do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Maringá CVB