Fortalecido por demandas de mercados primários, o Malai Manso Resort tem boas perspectivas para a retomada. Fechado em 22 de março e reaberto em 1º de junho, o empreendimento mato-grossense voltou à ativa impulsionado pelo turismo regional. Em agosto, as ocupações chegaram ao patamar de 40%.

Trabalhando atualmente com 100% dos hóspedes de lazer, além dos elevados índices de UHs ocupadas, o Malai ainda ostenta 70% de vendas diretas, realizadas pelo site ou central de reservas. “Muitos resorts não reabriram por falta de demandas. Decidimos pelo retorno operando com 50% de nossa capacidade seguindo as flexibilizações da Chapada dos Guimarães. Desde nossa abertura, há quatro anos, nosso principal público é oriundo de mercados primários”, conta Ricardo Gouveia, diretor Comercial.

Segundo o executivo, antes da pandemia o resort trabalhava com 70% de hóspedes locais e 30% de fora. Após a reabertura, a divisão mudou para 80%/20%, respectivamente. “As demandas de fora não são necessariamente aéreas. Recebemos pessoas do Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás e outros estados do Centro-Oeste. Dos hóspedes que chegaram desde a retomada, acredito que apenas 9% vieram de avião”, destaca.

Gouveia ainda afirma que, das ocupações atuais, aproximadamente 50% dos hóspedes são habitués. “Nosso mercado primário é pequeno, de cerca de quatro milhões de pessoas, enquanto São Paulo trabalha com 20 milhões, composto principalmente por esses clientes”.

Gouveia no canteiro de obras do Centro de Convenções

Malai Manso: perspectivas

Nos últimos meses, o diretor Comercial explica que o índice de reservas feitos por OTAs e operadoras caiu de forma relevante. O resort vem investindo em marketing direcionado ao público primário e, segundo ele, a localização tem ajudado nas vendas. “No ano passado lançamos o mote do nature all inclusive. Focamos na natureza ao redor e, no período de paralisação, aproveitamos a falta de hóspedes para mostrar os animais que circulam no resort livremente”.

Gouveia ainda salienta que o primeiro contato com os clientes ajudou a redesenhar as operações e protocolos. O diretor conta que, após a reabertura, muitos processos foram revistos. “Os hóspedes nos ajudaram a formular como seria esse novo normal. Imaginamos de diversas formas, mas no momento de operacionalizar, não dava certo. Hoje, recebemos muitos elogios”.

Sobre as perspectivas para 2020, o Malai prevê o retorno das ocupações corporativas e de eventos. O resort receberá pequenos encontros para até 60 pessoas e deve inaugurar em novembro seu novo Centro de Convenções, com capacidade para 1,3 mil pessoas. “Janeiro já temos demandas mais robustas de eventos para 400 convidados. Aproveitamos o hotel vazio para manter as obras”.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Malai Manso Resort

(**) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News