O que parecia uma estratégia de adaptação a crise hoteleira durante a pandemia veio para ficar. O Louvre Hotels Group informou que o longstay encabeçará a lista de estratégias até mesmo em 2022. Nesse período, espera-se que a vacinação esteja perto de sua conclusão e alguns resultados normalizados — ou, no mínimo, perto disso.

A visão de que este é um nicho de mercado a ser trabalhado a longo prazo foi passada por Sandro Fonseca, diretor Comercial do Louvre Hotels. Em entrevista a reportagem do Hotelier News, ele explicou porque. “A pandemia gerou mudanças no comportamento dos clientes e inspirou novas tendências. Bem como o hotel office, o longstay é uma delas, formando pontos importantes da estratégia de crescimento da companhia”, afirma.

Além disso, Fonseca crê no modelo como parte da solução durante e depois da volta ao normal. É uma prática saudável à hotelaria e que, caso o empreendimento tenha este perfil e estrutura, pode ser um bom caminho. “É uma demanda crescente e que contribui para melhoria na ocupação, uma vez que se tratam de reservas entre 20 e 30 dias. Por isso, a intenção é manter essa ação no planejamento de 2022, já que acreditamos na influência da pandemia nos hábitos dos hóspedes”, complementa.

Para o acumulado do ano, o diretor Comercial cita que os principais índices da Louvre Hotels ficaram em:

  • Diária média: R$ 250
  • Ocupação: 40%
  • RevPar: R$ 100

Louvre Hotels Group: operações

Louvre Hotels Group

Fonseca: equidade do corporativo em 2022

Com base em informações de Márcio Melo, diretor de Novos Negócios, a rede hoteleira tem previsão de inaugurar três hotéis no segundo semestre de 2021 — dois no interior de São Paulo e um no interior da Bahia. Além disso, o executivo cita outras quatro negociações em andamento para 2022, com objetivo de chegar a 30 hotéis no portfólio até 2024.

Até o momento, todas as unidades do Louvre Hotels está em operação completa, aplicando protocolos sanitários. Isso inclui atividades ligadas ao lazer e gastronomia dos hotéis, que ficaram fechados ou restritos durante a maior parte da pandemia. O retorno dessa atividade plena — com restrições e normas de segurança — ajuda, segundo Fonseca, no controle financeiro melhor das propriedades.

Especificamente em São Paulo, o Louvre Hotels espera manter as taxas positivas de julho para outros meses do segundo semestre deste ano. O bom começo, conforme afirma o diretor Comercial, faz com que a sinalização para agosto seja igualmente ou mais positiva, bem como os meses restantes.

“Entre os pontos que mais nos tranquilizam para a retomada, além dos resultados promissores de nosso hotéis, estão a vacinação em massa e a volta da malha aérea, citada pela Abear e importante para o movimento hoteleiro”, pontua.

Lazer e corporativo

Para encerrar, o porta-voz diz que os hotéis com apelo de lazer apresentam maior estabilidade de performance. Isso acontece porque as viagens do tipo acontecem também durante a semana. Já no caso dos hotéis corporativos, ele cita picos de ocupação mediana durante a semana, aliados com a oscilação.

“A exceção desse cenário é vista nos hotéis localizados nas áreas de atuação do mercado offshore, que devido esquema de quarentena, assegura uma performance estável e menos inconstante”, diz.

A perspectiva para 2021, por fim, é que o lazer ainda ocupe mais espaço frente mercado corporativo, com menor diferença em outubro e novembro. O retorno efetivo, acredita Fonseca, deve ocorrer no ano que vem.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Louvre Hotels Group