Seguindo os mesmos padrões de queda do primeiro trimestre, o pipeline de construção de hotéis da América Latina manteve sua tendência de retração no segundo trimestre. De acordo com dados da Lodging Econometrics, o indicador totalizou 586 projetos (103.011 UHs) – recuo de 14% por projetos e 13% por quartos.

Este é o menor número de projetos no pipeline de construção da América Latina desde o primeiro trimestre de 2012. No primeiro semestre do ano, 47 empreendimentos (11.657 quartos) começaram a ser construídos na região. Os novos projetos anunciados durante os dois primeiros trimestres de 2021 caíram 61% no período, com apenas 53 projetos (9.537 quartos) em comparação com os 87 projetos (10.487 quartos) anunciados nos dois primeiros trimestres de 2020.

No final do segundo trimestre, os projetos em construção estavam em 314 projetos (59.273 quartos), queda de 9% em projetos e 4% em quartos no período. Os projetos com construção programada para iniciar a construção nos próximos 12 meses experimentaram a queda mais acentuada, queda de 20% por projetos e 30% por quartos no ano anterior, fechando o segundo trimestre em 156 projetos (25.536 quartos). Projetos e quartos em estágio inicial de planejamento também sofreram um declínio no ano, caindo 17% e 12%, respectivamente, e se fixando em 116 projetos (18.202 quartos).

Os países da América Latina com mais projetos no pipeline total de construção são liderados pelo México, com 209 projetos (37.597 quartos). O Brasil segue com 109 projetos (16.977 quartos), uma baixa cíclica para o país. Seguindo o Brasil, o Peru fechou o 2º trimestre de 21 com 37 projetos (4.788 quartos), a República Dominicana com 21 projetos (4.909 quartos) e Columbia com 20 projetos (3.174 quartos). Juntos, esses cinco países respondem por 68% dos projetos no pipeline total.

Os mercados da América Latina com os maiores pipelines incluem Lima, Peru com 27 projetos (3.862 quartos); Cidade do México, México com 25 projetos (3.616 quartos); Guadalajara, México com 19 projetos (2.679 quartos); Cancún, México com 18 projetos (9.510 quartos); e São Paulo, Brasil com 15 projetos (2.726 quartos).

Lodging Econometrics: principais redes

As principais empresas de franquia de hotéis na carteira de construção da América Latina no final do segundo trimestre de 21 são Marriott International com 100 projetos (16.032 quartos), seguida pela Hilton Worldwide com 99 projetos (15.763 quartos), um recorde histórico para a empresa Hilton na região , depois Accor com 94 projetos (12.328 quartos), InterContinental Hotels Group com 57 projetos (6.518 quartos) e Hyatt encerrou o segundo trimestre com 18 projetos (2.880 quartos). Essas cinco empresas representam 63% dos projetos no pipeline total de construção e devem ter o maior número de inaugurações de novos hotéis em 2022 e 2023.

As marcas líderes no pipeline são as marcas Ibis da Accor com 66 projetos (8.501 quartos), Hilton Garden Inn da Hilton Worldwide com 26 projetos (3.536 quarto)s e, Hampton Inn by Hilton com 22 projetos (2.653 quartos). Em seguida, vem o Holiday Inn Express do IHG com 15 projetos e 1.828 quartos e sua marca Avid com 12 projetos (1.282 quartos). O Marriott’s Fairfield Inn fechou o trimestre com 12 projetos (1.724 quartos).

No primeiro semestre de 2021, a América Latina teve 36 novos hotéis inaugurados, totalizando 6.489 quartos. A previsão do Lodging Econometrics para a inauguração de novos hotéis no segundo semestre do ano prevê a inauguração de mais 55 novos hotéis com 9.517 quartos, totalizando 91 projetos (16.006 quartos) no final do ano. A previsão para 2022 mostra um ligeiro aumento para 112 novos hotéis (19.701 quartos) e espera-se outro aumento em 2023, com 128 projetos (20.809 quartos).

(*) Crédito da foto: Imagens Michelleraponi/Pixabay