Após registrar queda no segundo trimestre deste ano, o pipeline de construção de hotéis na América Latina permaneceu em retração no terceiro trimestre. De acordo com relatório da Lodging Econometrics, o indicador observou queda de 14% por projetos e 11% por quartos. Foram contabilizados no período 577 projetos e 103.648 UHs.

Ao todo, 304 empreendimentos encerraram o terceiro trimestre ainda em construção, totalizando 60.048 UHs. O resultado aponta queda de 12% em projetos e 2% em acomodações. Já os projetos programados para iniciar nos próximos 12 meses, 155 no total (24.959 UHs), caíram 17% e 28%, respectivamente.

Foram contabilizados ainda 118 projetos em fase inicial de construção, totalizando 18.641 dormitórios, o que representa baixa de 16% por empreendimentos e 11% em acomodações em relação ao mesmo período de 2020.

As baixas são atribuídas, em grande parte, ao fechamento de fronteiras, restrições a viagens internacionais e casos de variantes da Covid-19, que fizeram com que a indústria de hospitalidade na América Latina dependesse amplamente da demanda doméstica nos últimos 18 meses. O relatório prevê que, com o aumento no ritmo da vacinação ao redor do mundo e a flexibilização das medidas restritivas, a demanda internacional deverá aumentar gradativamente.

Os países da América Latina com mais projetos no pipeline de construção permanecem liderados pelo México, com 204 projetos (36.873 UHs), seguido de perto por Brasil, com 112 empreendimentos (10.075 acomodações). Em seguida, um pouco mais distante, estão o Peru, com 33 projetos (4.140 dormitórios), República Dominicana, com 22 propriedades (5.132 UHs) e Colômbia, com 19 projetos (2.997 quartos).

Já os mercados com maiores pipelines incluem a Cidade do México, com 24 projetos (3.444 UHs); Lima, com 23 projetos (3.214 quartos); Guadalajara, com 18 empreendimentos (2.416 acomodações); Cancún, com 17 projetos (9.402 dormitórios); e São Paulo, com 16 projetos (3.071 unidades hoteleiras).

Lodging Econometris: principais redes

No final do terceiro trimestre deste ano, as principais empresas de franquia de hotéis no pipeline de construção da América Latina são lideradas pela Hilton Worldwide, com 105 projetos (16.477 UHs); Marriott International, que segue com 100 projetos (15.912 UHs); Accor, com 86 projetos (11.019 UHs); e IHG (Intercontinental Hotels Group), com 57 projetos (6.591 UHs). Essas quatro empresas respondem por 60% do total de obras na América Latina.

Já as marcas líderes no pipeline são a Ibis, da Accor, com 58 empreendimentos (7.372 UHs); Hilton Garden Inn, da Hilton, com 26 projetos (3.536 UHs); e Hampton, também da Hilton, com 22 projetos (2.669 UHs), seguidas por duas marcas do IHG: Holiday Inn Express, com 14 projetos (1.702 UHs), e Avid Hotel, com 12 projetos (1.282 UHs).

Nos três primeiros trimestres deste ano, foram inaugurados 60 hotéis (10.337 quartos) na América Latina. Destes, 23 foram abertos apenas no terceiro trimestre. A previsão do Lodging Econometrics para os próximos meses aponta 34 novos empreendimentos (7.068 UHs), totalizando 94 propriedades (17.405 UHs) até o final do ano. Para 2022, a projeção é de que sejam inaugurados 114 hotéis (20.366 acomodações) e, para o ano seguinte, é prevista a abertura de 135 hotéis (21.186 UHs).

(*) Crédito da foto: OdinReyna/Pixabay