Como tantos comportamentos do consumidor, a pandemia transformou também a mobilidade urbana do país. Uma das tendências crescentes nos últimos meses foi o aumento de deslocamentos terrestres como forma de evitar aeroportos e voos. Uma pesquisa desenvolvida pela Localiza aponta que a dobradinha lazer e trabalho representa 59% dos motivos de viagens, o que reforça o crescimento do turismo impulsionado pelo bleisure.

O estudo “Tendências de Mobilidade e Viagem no Brasil”, que reúne informações sobre os hábitos de deslocamento dos brasileiros, foi realizado em junho deste ano com mais de 1.600 respondentes de todo o país. O levantamento aponta quais os motivos que levam a população a escolher entre um modal e outro, o papel do carro no contexto atual, o cenário do transporte empresarial, além de um recorte sobre os destinos e viagens.

“Nós estamos constantemente ouvindo os consumidores para entender as demandas de mobilidade deles. Somos guiados e apaixonados pelos nossos clientes, por isso, resolvemos compartilhar com o mercado este conhecimento com o lançamento dessa pesquisa. Ela serve como referência para entender o impacto da pandemia no ir e vir das pessoas e empresas, sobretudo na temporada de férias que se aproxima”, comenta Antônio Augusto, diretor de marketing da Localiza.

Ao longo da pandemia, o carro ganhou relevância no quesito mobilidade por ser um meio de transporte mais seguro, sem aglomeração e que possibilita deslocamentos até destinos mais próximos. Entre os ouvidos no relatório da Localiza, 69% deles disseram ter carro próprio, 21% nunca tiveram e 10% optaram por vender. Entre os principais motivos que levaram à venda, estão: redução de custos (65%), falta de uso (26%) e cenário pandêmico (25%).

Para mais da metade dos respondentes, 66,2%, o carro próprio continua sendo o principal meio de transporte, seguido pelo de aplicativo (57,1%), o ônibus (44,8%), a moto (25,3%) e a bicicleta (20,6%). O carro alugado aparece na oitava posição, indicado por 16,9% dos participantes.

Os motivos que determinam a preferência pelos modais são variados. Para 85,1% dos respondentes que utilizam o carro próprio, o principal uso é para o lazer. Aqueles que optam pelo carro por aplicativo, por sua vez, o fazem para deslocamentos do dia a dia, enquanto o ônibus é muito utilizado para ir ao trabalho (47,6%) e moto e bicicleta para lazer (54,2% e 71,2%, respectivamente).

O carro alugado é opção primordial para lazer (48%), mas também aparece como escolha para viagens de pequenas distâncias a lazer (38%) e de grandes distâncias a trabalho (32,8%). A escolha por um meio de transporte segue, principalmente, os critérios de preço (39,6%), segurança (39,5%), conforto (33,6%) e agilidade (26,4%).

A pesquisa revelou que, entre as empresas brasileiras, 47,7% contam com até 10 carros, 24,8% de 11 a 25, 14,6% de 26 a 10, 7,3% de 51 a 100, 5,6% mais de 100. Essas frotas são compostas, em média, por: frota própria (49%), aluguel mensal (19%), frota terceirizada (18%) e aluguel diário (14%).

Localiza - grafico

Localiza: preferências de viagens

Apenas 7% dos participantes revelaram viajar somente a trabalho e 34% disseram que só a lazer. Entre aqueles que fazem viagens a lazer, 27,9% afirmaram que essas costumam durar de dois a três dias, enquanto 20,6% disseram ficar fora por quatro a cinco dias e, 18,1%, por seis a 10 dias. Já a trabalho, quase metade dos participantes (46,4%) alegam que a viagem é realizada com ida e volta no mesmo dia.

Em 2021, o estado de São Paulo foi o destino de lazer escolhido por 22,5% dos participantes, seguido por Santa Catarina (21,1%), Rio de Janeiro (20,4%), Bahia 18,8%) e Minas Gerais (16,7%). Nas viagens corporativas, o levantamento mostra que São Paulo também é o principal destino, aparecendo nas respostas de 37,2% dos entrevistados, seguido por Rio de Janeiro (23%), Distrito Federal (17,9%) e Minas Gerais (17,3%).

Em 2022, há previsão de aumento significativo na intenção de viagens a lazer. Enquanto em 2020 e 2021 os percentuais de pessoas que afirmaram ter viajado – ou ainda terem intenção de viajar – foram de 69% e 71% respectivamente, em 2022, esse valor sobe para 90%. A trabalho, a intenção de viagem para o próximo ano também apresenta alto crescimento – 13 p.p. em comparação com 2021, alcançando o percentual de 67%.

Para acessar o estudo completo acesse o link.

(*) Crédito da foto: Marcos-Photographer/Pixabay