Bem como a maioria das grandes cidades na América do Sul, Lima sofre com o enrijecimento das medidas restritivas. A nova escalada da pandemia na região chega acompanhada de ações de combate ainda mais severas e, consequentemente, a hotelaria é prejudicada diretamente. De acordo com estudo da STR, após seis meses de alta na ocupação até abril, o índice na capital do Peru caiu para 25,7% em 16 de maio.

Ainda segundo dados da empresa, a ocupação de Lima está abaixo de 50% desde 23 de abril. Contudo, antes disso, a mesma taxa chegou a 54% no dia 12. Isso, para Patrícia Boo, diretora da STR para América Central e do Sul, é prova de que a retomada está próxima, puxada pelo fluxo interno de viagens.

“A forte demanda doméstica tirou o mercado de Lima do baixo índice de ocupação. No entanto, um aumento nos casos da Covid-19 e a subsequente quarentena de emergência com restrições na circulação empurraram a ocupação de volta aos níveis do primeiro trimestre de 2021. O mercado tem um longo caminho pela frente para se recuperar”, diz a executiva da STR.

STR - Lima

Ocupação diária em Lima entre 1º de janeiro e 17 de maio de 2021

 

STR: outros dados

No total, a ocupação da capital peruana em abril de 2021 foi de 47,4%, longe do índice de 2019 (60,8%) e 2018 (74,9%). A diária média acompanha o mesmo ritmo lento e encontra-se em 47,29 pesos peruanos no mesmo período, muito abaixo de 2019 (126,23 pesos peruanos) e 2018 (157,62 pesos peruanos).

Muito puxado pelo mercado de mineração e outras indústrias, a hotelaria peruana, segundo a STR, teve uma queda tão brusca no ticket médio em razão de ter abaixado os preços além do normal. Mesmo não sendo o ideal, a estratégia mantém o fôlego do mercado para os próximos meses.

(*) Crédito da foto: Aarom Ore/Unsplash

(**) Crédito do gráfico: Divulgação/STR