No terceiro dia de Lacte 16, realizado no Club Med Rio das Pedras, o tema central dos painéis foi a retomada do Mice. E falar em eventos é inevitável abordar os avanços tecnológicos que direcionaram o setor durante a pandemia e minimizaram os impactos da paralisação total das atividades.

No painel, Eduardo Murad, diretor executivo da Alagev convidou Rogério Miranda, sócio e fundador da Inteegra; Raffaele Cecere, presidente do Grupo R1 e Juliana Aranega, head de Eventos e Comunidades da Imaginadora.

Em sua fala, Miranda ressaltou a importância dos dados antes, durante e depois dos eventos. “Para nós, é um grande privilégio fazer o Lacte digital. Desde o primeiro momento, houve uma preocupação com a geração de informação para o evento, expositores e o nível de engajamento dos participantes em relação aos conteúdos. Tudo foi mapeado para as tomadas de decisão”, afirma.

“Tudo é uma massa de informação. Saber quanto você está investindo, quais dados cruzam com sistemas de CRM, a jornada do participante, como nutrir os negócios e gerar leads. O Lacte 16 foi uma verdadeira lição para o mercado”, complementa o sócio da Inteegra.

Pioneira em ferramentas para realização de eventos híbridos, o Grupo R1 lançou em 2020 salas de streaming e firmou parceria com o WTC Events Center para montar o maior estúdio nesses moldes da América Latina. Durante o painel, Cecere reforçou a importância da profissionalização das ações para chegar aos resultados esperados.

“Agimos rapidamente para entregar alguma coisa que ajudasse os clientes a fazer eventos. Foi nosso primeiro propósito, mas ver o setor sucumbir não foi uma coisa legal. Desde o início, tenho levantado algumas bandeiras em relação ao nosso trabalho e me parece que algumas pessoas desaprenderam a trabalhar ou esqueceram esses princípios. Promovemos o evento híbrido em hotéis, tomamos cuidado em montar os estúdios e não em galpões, mas respeito quem faz. É preciso ter o mínimo, como alvarás de funcionamento”, avalia.

Lacte 16: internacionalização

Juliana destacou as principais mudanças feitas no Lacte 16 de 2021, como a internacionalização do evento e os esforços para a captação de patrocinadores durante a pandemia. “Começamos a entender os objetivos estratégicos da Alagev na atual circunstância. Com o online, conseguimos abrir caminho para nossos hermanos da América Latina, além de fazer um esforço para trazer patrocinadores com os pop ups”.

“Realizamos feitas virtuais, eventos híbridos, gameficação e multihubs, espalhando o Lacte para outras cidades. Conseguimos trabalhar outros canais nutrindo a entidade com outros modelos para mostrar que é possível”, finaliza a head da Imaginadora.

(*) Crédito da foto: reprodução da internet