A coxinha parece ser o salgado paixão nacional — se não for o primeiro está, seguramente, entre os primeiros no paladar dos brasileiros. Dia desses, ao passear com minha família em Jundiaí, cidade distante 60 quilômetros de São Paulo, me deparei no Kiosque Roseira. A casa é famosa pelas coxinhas feitas com massa da mandioca, e até então nem eu nem minha esposa e meus enteados havíamos comida a iguaria. Como amamos o salgado, o jeito foi parar pra provar. Que gostooooooso! Valeu demais a parada por lá.

Era um domingo à tarde, e a casa estava com fila de espera para entrar — quase, quase desistimos. Aí pedimos pra viagem e comeríamos em casa, em São Paulo. Mudamos de ideia outra vez: pra comer no salão mesmo. Não demorou muito e nossa senha foi chamada. Como já estávamos na fila de entrega do salgado, nosso pedido na mesa chegou rapidinho.

Jundiaí

No alto, a massa de mandioca e o recheio da coxinha de frango que comi no Kiosque Roseira e, acima, as coxinhas que pedi com minha família

MUITO MAIS CREMOSA

Pedimos quatro coxinhas salgadas (uma de frango, uma de palmito e duas de frango com catupiry; R$ 7 cada) e uma doce (de nutella, R$ 7,90).

As coxinhas chegaram quentinhas à mesa. Ponto positivo. Vieram bem fritas, outro ponto positivo. A minha foi a tradicional, de frango, e comecei a saboreá-la pela parte redonda, de cima — há outras pessoas que começam a comer coxinha pelo bico onde há mais massa. Se por cima ou por baixo é tema de acalorados debates dentro da culinária brasileira.

Na primeira mordida senti a diferença da massa, feita com mandioca, da feita com farinha de trigo: a primeira é mais cremosa e mais leve. Adorei, assim como a turma de casa.

A coxinha estava bem recheada, e o frango bem temperado. Eu a comi com o molho de pimenta (nada ardido), que estava na mesa. Minha esposa, que comeu a de palmito, e meus enteados que comeram as demais, também aprovaram a massa e os recheios.

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Coxinha de frango de massa de mandioca: achei bastante cremosa e saborosa, valeu prová-la

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O interior da coxinha de nutella

 

Numa próxima vez, preciso provar a coxinha de queijo da casa. Por mais de uma vez, a receita já venceu o Festival da Coxinha de Queijo de Jundiaí.

Na hora de pagar, não sabia na hora, estava falando com a Mônica Leonardi, também sócia-proprietária, dona de uma educação ímpar. Como dá gosto conversar com gente assim.

HISTÓRIA DO KIOSQUE ROSEIRA
O estabelecimento existe desde 1987 e foi fundado, a princípio, como uma barraca improvisada para venda de frutas do casal Jayr e Laurinda Leonardi.

Com o tempo, a construção e as opções de alimentos mudaram, tendo como carro-chefe as coxinhas. Mas este salgado só começou a ser feito com massa da mandioca a partir de 2012.

“A base da massa é bem simples: manteiga, ovo, mandioca e um pouco de trigo para dar liga na hora da mistura”, revelou Laurinda, sócia-proprietária, em uma entrevista ao Jornal de Jundiaí em 2018.

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A fachada do estabelecimento

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A minha conta no Kiosque Roseira

Sim, a casa oferece bebidas, como sucos, cervejas e vitaminas, e outras opções para comer, por exemplo, açaí, porções (a de frango frito com casquinha crocante e molho de alho me conquistou para provar numa outra vez), salada de frutas etc.

Para finalizar, recomendo, sim, o Kiosque Roseira. Coxinha de massa de mandioca super deliciosa.

SERVIÇO
Kiosque Roseira
Avenida Humberto Cereser, 5.221, Roseira, Jundiaí/SP
Tel. (11) 4584-0030 e Whats App (11) 95636-4021
www.kiosqueroseira.com.br
Instagram

(*) Crédito da foto: Claudio Schapochnik/Que Gostoso!