De acordo com levantamento realizado recentemente pelo Instituto FSB Pesquisa para a consultoria F5 Business Growth mostra que a transformação digital é prioridade para 70% dos líderes empresariais em 2022. Destes, apenas 37% se consideram aptos a executá-la. A pesquisa foi realizada com mais de 400 empresários e CEOS de diferentes setores econômicos do Brasil.

O mapeamento teve como objetivo avaliar a maturidade das empresas em relação à transformação digital e usar como indicador a adoção de práticas para o ano que vem. “Os resultados mostram como a pandemia acelerou a priorização da transformação digital na agenda dos líderes brasileiros”, avalia Renato Mendes, sócio da F5 Business Growth e especialista em negócios digitais.

“O desafio, no entanto, segue sendo a baixa capacitação para tirar esse plano do papel e garantir uma execução bem sucedida. Ainda temos uma carência muito grande de mão de obra especializada neste tipo de processo no país”, completa.

Entre as prioridades da agenda digital dos líderes para 2022, se destacam a computação em nuvem (59%), a internet das coisas (39%) e a cibersegurança (31%).

“A presença deste último item nos top 3 chamou nossa atenção. É um tema que vem ganhando a atenção dos líderes devido aos seguidos ataques que grandes companhias vêm sofrendo em suas bases de dados. Isso traz visibilidade para este assunto que, infelizmente, ainda está longe de ter uma solução simples”, explica Thiago Cid, sócio-diretor da F5.

Outro ponto que chamou a atenção dos especialistas foi a baixa adesão dos líderes às práticas da chamada Open Innovation. Quatro em cada cinco das empresas pesquisadas não têm nenhuma relação com startups e apenas 18% delas planejam construir essa relação no ano que vem.

“O relacionamento com o ecossistema de startups é sabidamente uma alavanca neste processo de digitalização, mas a pesquisa mostra que ainda não está no radar da maior parte das empresas”, completa Mendes.

Mindset digital

Mendes afirma ainda que o principal aspecto positivo da pesquisa é a adoção, por parte da liderança, de um mindset mais alinhado às melhores práticas da Nova Economia.

“Entender que velocidade representa um diferencial competitivo (8,4), seguido da capacidade de tomar decisões baseadas em dados (8,0), e empatados seguem conhecimento dos hábitos de consumo dos clientes e cultura da experimentação (7,3). Ao menos na teoria, os líderes demonstram saber o que devem fazer. O desafio, como sempre, é praticar o que pregam”, finaliza Mendes.

(*) Crédito da foto: Buffik/Pixabay