Mais do que investir em tecnologia e observar tendências do mercado hoteleiro, inovação está também na comunicação. Seja para o mercado de luxo ou econômico, o começo dos bons resultados passa também pela busca de uma melhor forma de se comunicar por parte das organizações. Caso fosse preciso, este seria o ponto nevrálgico da 2ª Innovation Lab a ser apresentado ao público. O evento híbrido foi organizado pela HSMAI Brasil e transmitido hoje (29), direto do Hilton Morumbi, em São Paulo.

Com a temática O luxo inovador pós-pandemia, Juliana Pestana falou ao público após já algumas sessões realizadas no encontro. A gerente de Marketing e Comunicação do Palácio Tangará  apresentou as principais adaptações do segmento à pandemia. Entre elas, ela destacou conceitos como staycation (hospedagem de proximidade) e a demanda reprimida do lazer, além da adoção aos protocolos sanitários como caminhos para o luxo no Brasil.

“Aqueles que ficaram meses em casa não veem a hora de sair, mas com toda segurança possível. É com esse pensamento que produtos da hotelaria de luxo podem entrar como opção mais segura e, ao mesmo tempo, sofisticada”, explicou.

Os exemplos utilizados para detalhar essa prática foram internos. Além do novo restaurante ao ar livre criado pelo Palácio Tangará, Juliana colocou o mercado doméstico próximo, ou seja, dentro da cidade de São Paulo, como agentes na prospecção de clientes. A estratégia leva em consideração a busca por eventos mais casuais e de fácil locomoção, o que inclui pouca formalidade e viagens de carro.

“Todo fluxo é bem-vindo. Com isso em vista, o foco deve ser a adaptação às necessidades do momento. Como estas que citei, temos também o desenvolvimento de produtos voltados ao home office e home schooling, bem como a personalização e aposta em experiência para fidelizar”, disse a gerente.

A conclusão, portanto, trouxe o que foi falado no começo da reportagem: comunicação. “Nossa principal ferramenta é o trabalho feito no Instagram. O forte relacionamento com os seguidores quebra barreiras e todos se sentem mais próximos do Palácio Tangará. Por isso, comunicação é a chave”, finalizou.

2ª Innovation Lab: abertura

O encontro remoto teve como anfitriões a equipe da HSMAI, com Gabriela Otto e Ana Carolina Fusquine, board member da associação e vice-presidente de Mercado da Pmweb, no fronte e a participação de outros profissionais da hotelaria nacional. Entre eles, Rafaelle Cecere, CEO do Grupo R1, responsável pela parte técnica do evento, também falou sobre o que entende como inovação.

“A inovação acontece quando você vê algo que nunca pensou antes. Nem sempre está, necessariamente, ligado à tecnologia. O importante é fazer diferente e ser eficaz”, ponderou.

As sete palestras, em geral, trataram de temas voltados ao mundo digital e a adaptação no mundo pós-pandemia. Atrelado a isso, aspectos da hospitalidade moderna, diversificação na locação, tendências que vieram para ficar e o luxo neste cenário. Veja a lista:

  • Um olhar para o futuro da hospitalidade: Alexandre Frankel (Vitacon e Housi)
  • O mundo de novas tecnologias e inovação: Tony Ventura (Curso de Transformação Digital do Ministério da Economia)
  • O novo escritório! Trabalhe no mundo!: Giuliana Fonseca (Selina)
  • Inovação e hotéis inteligentes: práticas e cenários futuros: Paulo Salvador (CMH Academy International Paris)
  • O mundo pós-Covid: Luis Rasquilha (Inova/TrendsInnovation Ecosystem)
  • O luxo inovador pós-pandemia: Juliana Pestana (Palácio Tangará)
  • Apresentando o conceito de locação flexível: Thomaz Guz (Nomah)

(*) Crédito da foto: Reprodução/2ª Innovation Lab