Como aconteceu e deverá ocorrer com as demais grandes redes internacionais, o IHG (InterContinental Hotel Group) viu sinais de melhora na demanda no primeiro trimestre, principalmente nos Estados Unidos e China. Ainda assim, o RevPar global cedeu 50,6% frente a 2019, caindo ainda 33,7% na comparação com 2020. Boa parte do resultado se explica pelo recuo de 23 pontos percentuais na ocupação em relação a 2019, apesar da evolução vista no indicador ao longo dos três meses encerrados em 31 de março.

As Américas, onde se concentra parte significativa do portfólio da rede britânica, registrou a melhor perfomance de RevPar, com evolução frente ao trimestre anterior. No período o indicador apresentou queda de 43% em relação a 2019, contra recuo de 50% nos três meses anteriores.

Na China, outra praça estratégica para a empresa, o RevPar caiu 37,7% frente a igual período de 2019, além de ter subir 78,2% na comparação anual. Ainda assim, a ocupação (40%) caiu um pouco quando comparado aos últimos dois trimestres no país (57%), muito em função da alta de casos de Covid-19 e a reintrodução de medidas de isolamento social.

Por fim, na região Emeaa (Europe, Middle East, Africa & Asia), o RevPar cedeu 71,4% e 62% frente a igual período de 2019 e de 2020, respectivamente. No Reino Unido, a queda no indicador foi de 75% em relação a 2019, enquanto na Europa Continental o resultados foi ainda pior (-87%). Hotéis fora do Velho Continente também sofreram: Japão (-75%), Sudeste Asiático e Coreia (-73%), Austrália (-51%) e Oriente Médio (-49%).

“O mercado continuou a melhorar no primeiro trimestre de 2021, com o IHG mantendo boa performance em mercados-chave. Observamos ainda bom número de aberturas e novos contratos assinados à medida que expandimos nossas marcas em todo o mundo”, comenta Keith Barr, CEO do IHG Hotels & Resorts. “Houve recuperação notável na demanda em março, principalmente nos EUA e na China, movimento que continuou em abril. Enquanto o risco de volatilidade permanece para o balanço anual, há evidências claras, a partir da análise de reservas futuras, de mais
melhoria para os próximos meses”, completa.

IHG: pipeline

O portfólio da rede britânica se manteve praticamente estável frente a igual período de 2020. Nos primeiros três meses de 2021, o IHG abriu 56 propriedades (7,3 mil UHs), sendo 1,5 mil apartamentos oriundos dos segmentos Premium, Luxo e Lifestyle. Em paralelo, 61 hotéis (9,5 mil habitações) deixaram o sistema, dos quais 6,3 mil quartos foram das bandeiras Holiday Inn e Crowne Plaza, concentrados, principalmente, nas Américas e Emeaa.

O grupo hoteleiro britânico assinou contratos com investidores para a abertura de 92 empreendimentos (14,5 mil apartamentos), número superior ao obtido um ano antes. Com isso, o pipeline de desenvolvimento global do IHG passou a abranger 1820 propriedades, somando 274 mil habitações.

“Nosso pipeline cresceu com 92 contratações no trimestre, impulsionado pelo forte apetite dos proprietários por oportunidades de conversão, especialmente em nossas categorias Premium, Luxo e Lifesytle. Isso inclui conversões para nossa marca voco, que alcançou mais de 50 contratações em mais de 20 países em menos de três anos desde o lançamento“, finaliza Barr.

IHG - balanço 1º tri 2021_info

(*) Crédito da capa: Divulgação/IHG (InterContinental Hotel Group)

(**) Crédito do infográfico: IHG (InterContinental Hotel Group)