Mais uma gigante anunciou hoje (23) os resultados financeiros de 2020. Tal qual Marriott, Hilton e Hyatt, o IHG (InterContinental Houtel Group) trocou o lucro de 2019 por um prejuízo no ano passado. Ainda assim, as perdas operacionais de US$ 153 milhões ficaram abaixo das redes norte-americanas. Amanhã (24) é a vez da Accor, fechando o ciclo de divulgação de balanços das maiores cadeias hoteleiras globais.

A receita total do IHG bateu em US$ 992 milhões ano passado, queda de 52% frente ao ano anterior. Em linha com esse desempenho, o RevPar global cedeu 52,5% na mesma base de comparação, muito em função da redução de 29,5% na ocupação dos hotéis. O pior desempenho regional em termos de receita por quarto foi registrado na região Emea (Europa, Oriente Médio e África, na sigla em inglês), com decréscimo de 64,8%.

Américas (onde se concentram 3626 dos 4902 hotéis do grupo) e China, por sua vez, registraram variação negativa de 48,5% e 40,5% no RevPar, respectivamente. Já a ocupação de todo o sistema do grupo britânico ficou em 39,5% (-29,5%, como citado acima). Por fim, a diária média global caiu 17%, a US$ 94,72.

“O ano de 2020 foi claramente o mais desafiador de nossa história, com a Covid-19 impactando fortemente a demanda em nossa indústria. Já 2021 começou com muitos desses desafios ainda existentes, com um progresso mais significativo em direção à recuperação do setor ainda improvável até o final do ano e dependente da vacinação em massa e do fim das restrições de viagens, além de uma aceleração na atividade econômica”, avalia Keith Barr, CEO do IHG, em comunicado enviado ao mercado.

IHG: pipeline

Em 2020, a rede britânica inaugurou 285 unidades (39 mil UHs), o que permitiu à empresa atingir a marca de 886 mil apartamentos globalmente, alta líquida de 0,3% no total de quartos sob gestão frente a 2019. Em paralelo, o IHG fechou contratos para abertura de 360 propriedades (56 mil habitações) no ano passado, sendo a família Holiday Inn sendo responsável pela metade das assinaturas.

O IHG vê também um grande apelo para conversões no mercado. Das novas contratações, por exemplo, a rede informou que 25% são provenientes de trocas de bandeiras. Agora, o pipeline global da empresa britânica soma 272 mil apartamentos, totalizando 1815 hotéis. Deste montante, 40% já está em construção.

“A velocidade de recuperação permanece variada globalmente, mas continuamos a superar o desempenho da indústria nos principais mercados graças à força de nossas equipes, modelo de negócios e segmentos em que competimos. Isso inclui nossa liderança do segmento upper midscale, no qual a demanda está mais forte”, finaliza Barr.

(*) Crédito da foto: Divulgação/IHG (InterContinental Houtel Group)