Em contraste a fevereiro, o setor de serviços no Brasil sofreu queda de 4% frente março de 2021. O resultado negativo é identificado após altas nos dois primeiros meses do ano. As informações foram divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).

No acumulado para 2021, a retração identificada pelo IBGE foi de 0,8% até março. Em 12 meses, o índice negativo foi de 8%. Por outra ótica, em comparação ao mesmo mês em 2020 — início da pandemia — o setor cresceu 4,5%.

Dessa forma, o índice retorna aos níveis da pandemia, abaixo do patamar que antecede a crise. “O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, informa Rodrigo Lobo, pesquisador do IBGE, à Agência Brasil.

IBGE: outros números

No período, o IBGE também registrou queda de 0,4% na receita nominal ante o mês anterior. No acumulado de 2021, a queda foi de 0,2% e, em frente os últimos 12 meses, de 7,7%. Na comparação com março de 2020, a receita cresceu 6,1%.

Entre fevereiro e março, três das cinco atividades que incluem o setor de serviços tiveram queda no volume:

  • Serviços prestados às famílias (-27%);
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%);
  • Profissionais, administrativos e complementares (-1,4%).

Dois segmentos cresceram no mesmo índice:

  • Informação e comunicação (1,9%);
  • Outros serviços (3,7%).

(*) Crédito da foto: Blake Wisz/Unsplash