Na contramão dos resultados negativos da hotelaria durante a pandemia, o segmento de lazer continua como válvula de escape do mercado. A Iberostar Hotels & Resorts é um exemplo. No primeiro trimestre, a ocupação média dos empreendimentos no Brasil chegou a níveis satisfatórios, com 800 de 1 mil acomodações disponíveis.

O índice é considerado satisfatório por Orlando Giglio, diretor da rede espanhola para Brasil e América Latina. De acordo com ele, o resultado ainda sofreu queda em razão das restrições impostas por governadores em março. No entanto, a diária média continua estável.

“Somente no mês passado, o mercado inteiro de resorts no país perdeu 20% da ocupação. Isso, por si só, foi capaz de rechaçar minimamente a ocupação dos meses de janeiro e fevereiro”, explica. Até o momento, Giglio comenta que abril apresenta estagnação, mas não uma piora.

A companhia utilizou também estratégias para fomentar hospedagens mesmo durante a crise. Uma delas foi a criação do cartão horizons, programa que, além de fidelizar hóspedes, também serve para mapear de onde ele vem. Outra, mais recente, foi o lançamento da campanha Mês do Romance.

Iberostar: perspectivas e novidades

Para o executivo, os bons resultados na hotelaria em geral dependem, principalmente, da vacinação em massa. Por meio disso, mais pessoas planejarão viagens e, assim, o fluxo aumentará novamente. Além disso, a Iberostar tem em seu radar a inauguração de uma unidade em Lima, até agosto deste ano. Para Europa, no entanto, a retomada ainda está em estágios iniciais por conta de impactos da segunda onda da covid-19.

“Nós temos postergações de reservas e muita procura para realização de eventos no segundo semestre. Isso é prova de que, conforme as pessoas são imunizadas, planos voltam a ser feitos”, complementa.

Distribuição e perfil

O perfil dos clientes durante os três primeiros meses de 2021 foi doméstico. A principal razão para isso são as restrições de viagens, fazendo com que pessoas de regiões próximos dos resorts na Bahia (Alagoas, Sergipe) fossem de carro – 90%. A menor parcela fica em estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Houve mudança nos hóspedes, mas o volume continuou razoável graças ao trabalho das agências de viagens e operadoras. Estas, por sua vez, representam 50% do volume atual de hóspedes nos empreendimentos brasileiros, enquanto canais de terceiros (OTA’s) e o direto dividem a outra metade”, finaliza Giglio.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Iberostar Hotels & Resorts