Após grandes redes como Marriott e Hilton divulgarem seus balanços referentes ao primeiro trimestre deste ano, chegou a vez da Hyatt Hotels. De acordo com os resultados divulgados hoje (10) pela empresa, houve avanço de 217% no RevPar nos hotéis da gigante americana em comparação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, os números apontam dificuldade de retomar o oxigênio no caixa.

Segundo o relatório, o prejuízo líquido atribuível nos três primeiros meses deste ano foi de US$ 73 milhões, queda considerável em relação a igual período de 2021, quando o indicador atingiu US$ 304 milhões. Por outro lado, o valor supera os US$ 29 milhões alcançados no último trimestre do ano passado.

“Estamos posicionados de forma ideal neste estágio de recuperação, conforme demonstrado pelo impulso em nossos resultados nesse trimestre. Tivemos níveis recorde de demanda por lazer, que alavancaram em quase 60% a receita em nossos quartos. Além disso, observamos desempenho superior contínuo em nossos resorts e propriedades”, afirma Mark S. Hoplamazian, presidente e diretor executivo da Hyatt, que alcançou receita líquida de US$ 2,8 bilhões.

“Esperamos que a taxa de recuperação se amplie e se fortaleça nos próximos meses, conforme evidenciado pelo forte ritmo de reservas efetivadas e futuras para viagens de negócios e em grupo. Nossa perspectiva permanece muito otimista para o restante do ano, com o RevPar em todo o sistema avançando ainda mais”, completa.

Na comparação geográfica, as Américas, EAME (Europa, Oriente Médio e África) e Ásia superaram, em abril, o RevPar de 2019 em 3% e 1%, respectivamente. A diária média também cresceu no mês, avançando 10%. O crescimento foi impulsionado pelas marcas de luxo nas Américas.

Outros indicadores

Ainda de acordo com o levantamento da Hyatt, o Ebitda Ajustado ficou em torno de US$ 169 milhões, superando a perda de US$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2021. Destes, o Apple Leisure Group, adquirido no ano passado pela rede, contribuiu com US$ 56 milhões.

Em relação à demanda all inclusive, o RevPar reportado foi de US$ 204,66, com diária média de US$ 309,90.

Pipeline e estratégias

O pipeline, por sua vez, teve avanço de 13%. Com o resultado, a empresa chega a aproximadamente 130 mil quartos. No primeiro trimestre, 13 novos empreendimentos (2,6 mil quartos) passaram a fazer parte da Hyatt.

Até março deste ano, a rede tinha um pipeline de contratos de administração ou franquia de aproximadamente 540 hotéis (113 mil quartos), incluindo neste número cerca de 30 hotéis do ALG (aproximadamente 8 mil UHs).

“Fizemos um progresso significativo em direção ao nosso novo compromisso de alienação de ativos de US$ 2 bilhões que anunciamos no ano passado. Em abril deste ano, fechamos a venda de três hotéis próprios e esperamos fechar a venda de um quarto hotel no segundo trimestre. Combinados, a alienação desses quatro hotéis resulta em US$ 812 milhões em receitas brutas”, destaca Hoplamazian.

Ainda de acordo com a empresa, a meta é atingir este valor em vendas de imóveis até 2024.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hyatt Hotels