Ainda que apresentando prejuízos causados pelo alto impacto da pandemia, o primeiro trimestre da Hyatt Hotels já traz sinais recuperação, como nas demais concorrentes. A rede registrou queda de 40,6% na receita oriunda de taxas de franquia e contratos de gestão, somando US$ 49 milhões. Os resultados apontam uma melhora sequencial frente aos US$ 47 milhões relatados no quarto trimestre do ano passado.

Em contrapartida, as perdas líquidas aumentaram em relação aos três primeiros meses de 2020, na ordem dos US$ 304 milhões. O prejuízo incluiu uma provisão para avaliação total não monetária de US$ 193 milhões sobre ativos de imposto de renda diferido nos EUA.

O Ebitda Ajustado diminuiu 123,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2020, negativo em US$ 20 milhões. O RevPar global caiu 48,9% frente a igual período de 2020, recuando ainda 65,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2019.

Já o RevPar de hotéis próprios e alugados diminuiu 64,4% na comparação anual e 72,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2019. Em 31 de março de 2021, 96% das unidades da rede norte-americanas (94% dos quartos) estavam abertas.

“Os resultados do primeiro trimestre excederam as expectativas, pois a demanda melhorou significativamente ao longo do trimestre. A expansão da distribuição de vacinas e a redução das restrições de viagens em certos praças aumentaram a confiança em viagens em muitos dos mercados em que atuamos. Também relatamos crescimento líquido no número de quartos de 6,5%, atingindo um marco importante com a inauguração de nosso milésimo hotel no trimestre”, comenta Mark S. Hoplamazian, presidente e CEO da Hyatt Hotels.

Hyatt: resultados regionais

O Ebitda Ajustado do segmento de gestão e franquia na região Aspac (Sudeste Asiático, Grande China, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Japão e Micronésia) diminuiu 39,7%, para US$ 5 milhões. Os resultados em toda a região foram liderados pela China. Em 31 de março de 2021, 97% dos hotéis (96% dos quartos) estavam abertos. Em paralelo, o número de quartos no portfólio aumentou 13,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Na região do Eame (Europa, África, Oriente Médio e Sudoeste da Ásia), o Ebtida Ajustado diminuiu 102,5%, refletindo o impacto da pandemia e restrições de viagens. Em 31 de março de 2021, 89% dos hotéis (89% dos quartos) estavam abertos. Já a oferta na Ásia avançou 3,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2020.

O Ebtida Ajustado do segmento de gestão e franquia nas Américas diminuiu 59,3%, para US$ 28 milhões, refletindo uma melhoria sequencial ao longo dos três meses do trimestre e superando o impacto da pandemia que começou em março de 2020. Em 31 de março de 2021, 93% dos hotéis nas Américas (92% dos quartos) e 99% dos hotéis de serviço selecionado (99% dos quartos) estavam abertos. Os quartos da região aumentaram 5,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Pipeline

No primeiro trimestre, 23 hotéis (3.919 quartos) foram abertos, contribuindo com um aumento de 6,5% no inventário em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Em 31 de março de 2021, a rede havia firmado contratos de gestão ou franquia para aproximadamente 490 hotéis (100 mil quartos).

Em março de 2021, a empresa adquiriu a participação de 50% em uma joint venture que possuía o Grand Hyatt São Paulo, com 467 quartos no Brasil, por US$ 6 milhões e reconheceu um ganho antes de impostos de US$ 69 milhões. A empresa também quitou todas as dívidas hipotecárias de terceiros sobre a propriedade, totalizando US$ 78 milhões.

A empresa pretende executar com sucesso planos de vender aproximadamente US$ 1,5 bilhão de imóveis até março de 2022, como parte de sua estratégia de capital anunciada em março de 2019. Em março, a Hyatt incrementou receitas de aproximadamente US$ 1 bilhão para atingir essa meta.

Em dezembro de 2020, a Hyatt anunciou planos de expansão global de marcas, com mais de 20 unidades administradas e franqueadas para hotéis recém-construídos. Já em março, a rede apresentou seu projeto de crescimento de bandeiras independentes com inaugurações previstas até 2025.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hyatt Hotels