Em maio, a Hyatt Hotels anunciou ao mercado o lançamento de sua coleção de empreendimentos all inclusive a Inclusive Collection. De olho no segmento, a rede hoteleira tem grande interesse em expandir na América Latina e Caribe, e, ao que tudo indica, o Brasil não deve ficar de fora.

De acordo com a Costar, o grupo vem investindo em parcerias e joint ventures, como forma de impulsionar sua presença na região. Um exemplo é a aquisição do Apple Leisure Group, além da expansão de seu portfólio em 60 propriedades all inclusive na América Latina e Caribe.

A aquisição das marcas do Apple Leisure Group ofereceu ao Hyatt mais oportunidades de crescer rapidamente, segundo Camilo Bolanos, vice-presidente de Desenvolvimento para a região. Esse crescimento terá os motores completos das equipes de marketing e comercial, bem como do lado de operações.

“Temos agora uma plataforma do ponto de vista da distribuição, do ponto de vista das operações e do ponto de vista da marca para crescer esse espaço em ritmo acelerado”, afirma o executivo. “Achamos que é um mercado que evolui a cada dia. É por isso que acreditamos fortemente que a sofisticação está acontecendo exponencialmente. Pode haver, com algumas marcas, algumas linhas que se misturam, mas na maioria das vezes temos realmente uma perspectiva de design de produto para a experiência dos hóspedes, operações e prestação de serviços, criando experiências muito únicas, continua.

O Brasil é um grande mercado com vários destinos onde as marcas Hyatt têm presença limitada, mas podem prosperar. Na região andina, como Equador e Bolívia, a rede ainda não possui hotéis, mas são praças de amplo interesse. A empresa também gostaria de estabelecer e expandir suas marcas na Argentina e no Peru.

Resultados de maio

O RevPAR em todo o sistema comparável em maio foi de aproximadamente US$ 127, representando o desempenho mais forte em qualquer mês individual desde novembro de 2019. O indicador ficou 6% abaixo de maio de 2019 e 3% acima do mesmo mês pré-pandemia, ao excluir a Ásia-Pacífico.

O indicador em todo o sistema comparável em maio melhorou 2% em comparação com abril, impulsionado pela alta na ocupação, principalmente em mercados urbanos. A diária média ficou aproximadamente 8% acima de maio de 2019 liderada pelas marcas de luxo nas Américas, que superou 2019 em aproximadamente 24%.

“Estamos muito satisfeitos por termos fechado a última das quatro disposições de hotéis de propriedade anunciadas anteriormente. No total, essas quatro alienações geraram US$ 812 milhões em receitas brutas e demonstram um progresso significativo e rápido em relação ao nosso atual compromisso de alienação de ativos de US$ 2 bilhões”, disse Mark S. Hoplamazian, presidente e diretor executivo da Hyatt.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hyatt Hotels