Para suprir a demanda no Brasil, a Housi decidiu expandir operações e se tornou um marketplace. Agora, a plataforma de moradia por assinatura fortalece ainda mais a operação no país e firma parceria com redes hoteleiras e empreendimentos. Em meio a crise, o modelo de negócios chama a atenção e vai na contramão das dificuldades da hotelaria tradicional. A média ocupacional de 80% da Housi durante a pandemia é prova disso.

O processo com grupos hoteleiros está em fases iniciais, mas já com players importantes como parceiros. Dentre eles, incluem-se Hilton São Paulo Morumbi, Nobile Suites Gran Lumini Rio Branco, Voa Brasil, Hotelaria Brasil, Staybridge Suites São Paulo, Blue Home by Blue Tree, Hotéis Matiz, Rede Swan, Nacional Inn e Transamérica Resort Comandatuba.

Housi

Em post no LinkedIn, Rodrigo Galvão, diretor geral do Transamérica Comandatuba, comemora a parceria

Segundo Alexandre Frankel, CEO da Housi, o objetivo é espalhar o conceito de moradia para outros modelos, inclusive os mais convencionais. “Nossa expansão vai além de unidades residenciais. O novo modelo será apresentado para hotéis, pousadas, flats, unidades de curta permanência e veraneio. Vamos funcionar como um canal de distribuição dessas unidades”, afirma.

Com isso, o executivo acredita que deve atrair um público pouco abordado por redes hoteleiras. No Brasil, a Housi já está presente em 40 países. No segmento de locação, onde tudo começou para a Housi no país, os parceiros são Jump in Bed, Mc Flats, MZ Apartaments e Sabaidee.

O investidor da Housi — sem nome revelado — é um fundo de investimentos californiano que foi o primeiro a investir na Netflix. Com isso, é possível criar um paralelo com o conceito de aluguel sob demanda da empresa.

Redes e hotéis

Com a tecnologia da plataforma à disposição, outra vantagem da parceria é a possibilidade de vender estadias com maior tempo de hospedagem (longstay). Bem como a proposta da empresa, a ideia com isso é que os hotéis sejam opções de trabalho remoto ou moradia flexível, ajudando-os também no que diz respeito a ociosidade do quarto.

O software da Housi utiliza um sistema de gerenciamento inteligente para aumentar a visibilidade dos anúncios na internet. Para entrar à plataforma, não é preciso fazer investimento financeiro, sendo o lucro da startup apenas quando o negócio se concretiza.

“Nós queremos atrair novas bandeiras de hotéis e gestores de locação por temporada, além de administradoras de flats, entre outros. É um mercado imenso que está aberto a formatos flexíveis e dinâmicos”, diz Frankel.

Housi: resultados

Em 2020, a startup geriu R$ 10 bilhões em imóveis e, até o final deste ano, espera atingir a casa dos R$ 30 bilhões sob gestão. Ao todo, são mais de nove mil locações e 100 mil pessoas cadastradas contabilizadas na base de dados. Outro objetivo é quintuplicar esse número em 2021.

“O mundo hoje funciona por demanda. As pessoas não querem mais ter a posse, mas a experiência, o serviço, e a liberdade de mudar de endereço de acordo com o momento de vida”, finaliza Frankel. Desde o início da quarentena, em 2020, o volume de buscas no site da empresa aumentou em 214%.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Housi