O ano de 2021 foi de bons resultados para o segmento de short-term rental. De acordo com levantamento realizado pela AirDNA, o período registrou crescimento recorde, apesar da ligeira queda registrada no mês de dezembro, revela o Phocuswire. A alta já era prevista pelo mercado, que apontava boas perspectivas antes da primeira metade do ano.

Ainda segundo os dados da pesquisa, o período começou com poucas reservas, mas o número começou a aumentar entre os meses de março e abril. Este cenário proporcionou aumento de 22,5% em relação a 2020 e 2,7% frente aos níveis de 2019, ano pré-pandemia.

As diárias médias também acompanharam a tendência de crescimento, proporcionando aumento de 37,5% na receita em comparação a 2020, e 25,8% frente aos resultados observados em 2019.

Entre os fatores apontados como responsáveis por esse crescimento, estão a escassez de aluguéis disponíveis em mercados de alta temporada, além da flexibilidade de trabalho, que dá aos turistas a possibilidade de viajar fora das temporadas de pico. Além disso, a recuperação da demanda nas áreas urbanas permitiu que os anfitriões aumentassem suas tarifas após a queda observada em 2020.

A ocupação, por sua vez, atingiu alta histórica de 60,8% em 2021. O resultado é 14,1% maior do que o apontado no ano anterior. As áreas urbanas tiveram o crescimento mais significativo, saltando 19,3% ano a ano, após cair mais de 17% em 2020.

Para 2022, a expectativa é de que os níveis de ocupação caiam devido à dificuldade de aumentar a demanda em alguns destinos à medida que o setor de viagens começar a se normalizar.

Impacto da Ômicron no segmento

Ainda segundo o relatório da AirDNA, o surgimento da nova variante da Covid-19 teve impacto pouco significativo no setor de short-term rental. Em dezembro do ano passado, o número de reservas de room nights aumentou 26,1% em relação a 2020 e 3,6% se comparado a 2019. No primeiro trimestre deste ano, a perspectiva é de esse número seja 71% maior do que no início de 2021 e 17% superior ao ano anterior à crise sanitária.

Para o segundo semestre de 2022, as perspectivas são ainda melhores. Estima-se que o número de reservas seja 88% maior que o início de 2021 e 17% superior ao ano anterior à crise sanitária.

“Todos os olhos estão voltados para a indústria para ver se 2022 pode manter o ritmo”, afirma Jamie Lane, responsável pela pesquisa da AirDNA.

“As pesquisas apontam que 2022 será um ano forte, apoiado pelo crescimento econômico contínuo e pela confiança do consumidor”, finaliza.

(*) Crédito da foto: tierramallorca/Pixabay