O início de 2022 tem sido marcado pela alta de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo, devido ao surgimento da variante Ômicron. Na realidade brasileira, o novo cenário impôs o cancelamento de voos e eventos, e reafirma a importância do reforço no acompanhamento dos protocolos sanitários para evitar novas infecções pelo coronavírus. Para facilitar a vida dos nossos leitores, compilamos informações de entrevistas anteriores de dois dos maiores especialistas na área de segurança e higienização da hotelaria para relembrar alguns dos principais procedimentos – além de rememorar dicas e tendências.

Maria José Dantas, presidente da ABG (Associação Brasileira de Governantas), destaca que o período pandêmico obrigou empreendimentos a mudarem sua forma de executar processos internos. “O distanciamento social é um protocolo que tem sido uma realidade presente no cotidiano de todos. Muitos hóspedes, por questões de segurança, preferem não ter os serviços de camareira para não ter outra pessoa acessando a unidade hoteleira. Logo, o hotel precisa buscar novas oportunidades de contato com o cliente para ampliar suas opções e manter o nível de conforto. É preciso não apenas fazer os colaboradores cumprirem os protocolos, como também exigi-los dos hóspedes, tarefa que requer muita habilidade.”

Entre as principais tendências e boas práticas para a nova realidade da hotelaria, o consultor Marcelo Boeger fala sobre o chamado low touch e serviços que são solicitados via QR code. Ele acrescenta também que a utilização de álcool em gel nos espaços e a higienização profissional por parte da governança hoteleira são tendências que vieram “para ficar”.

Levantamento realizado pela Abracorp (Associação Brasileira das Agências de Viagens) ainda em 2021 reforça a necessidade de adoção das medidas sanitárias. De acordo com os dados coletados, 58,8% das empresas priorizam protocolos sanitários em viagens corporativas.

Boas práticas frente à alta e casos

Em live realizada pelo Hotelier News, Maria José comentou que a segurança deve ser prioridade, independente do tamanho do empreendimento. “Se o profissional estiver seguro, ele também oferecerá segurança ao hóspede”, destaca.

Ela orienta ainda que o processo de limpeza e desinfecção das UHs deverá ser feito por duas pessoas, a fim de evitar a contaminação cruzada durante a execução das tarefas. “Iremos fazer tudo que sempre fizemos, agora com ainda mais segurança. É muito importante que as equipes estejam alinhadas a esses processos, porque o novo cliente vai chegar com muita desconfiança, querendo se sentir seguro”, acrescenta.

Boeger, por sua vez, afirma que é necessária uma postura de liderança para perpetuar os protocolos na hotelaria. “É muito difícil para as equipes mudarem sua forma de executar os processos depois de anos fazendo de determinada maneira. Mas chegamos em um ponto onde isso é essencial”, analisa.

Por fim, Maria José explica que o processo de higienização das UHs deve ser intensificado em todas as etapas da estadia dos hóspedes, do check-in ao check-out. “As novas tecnologias também têm nos ajudado muito neste processo. Sempre fazemos pulverização de superfícies no sentido de eliminar partículas virais, garantindo assim a segurança dos hóspedes e colaboradores dos hotéis”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Gadini/Pixabay