Salvador- marçoSetor pede apoio governamental urgente para garantir sobrevivência

Salvador foi do céu ao inferno de um mês para o outro. Se em fevereiro a capital baiana registrou seu maior nível de ocupação em oito anos, chegando aos 70, 59%, em março o cenário foi bem diferente. Com a explosão da pandemia de coronavírus no país, o indicador apresentou os números mais baixos da história da cidade: após o dia 15, atingiu os 4%.

Segundo dados divulgados pela ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia), entre os dias 1 e 7 de março, as taxas estavam em 59%; na semana seguinte (8 a 15), subiu para 60%; na terceira semana (16 a 23/03), caiu para 27%; e de 24 a 31/03, fechou em 4%. Comparando o mês de março de 2019 (66%), com 2020 (37%), houve uma queda 30%.

“O setor hoteleiro na Bahia, em todas as 13 zonas turísticas, já interrompeu praticamente todas as atividades. Cerca de 80% dos hotéis fecharam”. Com esta afirmação, Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, reforça que tem buscado intensamente o apoio dos governos federal, estadual e municipais, de bancos de desenvolvimento e privados, além do apoio institucional das mais diversas esferas para garantir a sobrevivência econômica do segmento.

"Precisamos de solução urgente, pois a hotelaria é um setor fundamental para a economia. Temos que evitar a demissão de milhares de pessoas nos próximos dias, caso não tenhamos apoios governamentais suficientes para o setor”, complementa.

Salvador: reservas

Em Salvador, as reservas dos hotéis foram reduzidas a praticamente zero, além do cancelamento total de eventos, o que evidencia que a crise já comprometeu o ano de 2020. Apesar da campanha "Não cancele, remarque", as desistências são inevitáveis e estão afetando todas as zonas turísticas do estado.

A ABIH-BA garante que está empenhada em evitar uma degradação do setor ainda maior do segmento e que lutará constantemente para manutenção dos empregos e sustentabilidade dos negócios.

(*) Crédito da foto: digasalinas/Pixabay