No último dia 3,  a prefeitura de Caldas Novas apertou as medidas de restrição contra o Covid-19, e quem sentiu o baque foi a hotelaria. A estância hidrotermal tem o turismo como uma de suas principais fontes de renda, atividade que deve ser ainda mais prejudicada. O setor hoteleiro do destino goiano vive atualmente uma nova onda de cancelamentos e desistências.

No texto, a prefeitura determinou que o comércio feche as portas a partir das 18h e capacidade máxima de 30% de ocupação para meios de hospedagens e parques. Entretanto, a medida mais dura é a exigência de teste negativo para Covid-19 para turistas. O decreto, que valia por sete dias, acaba de ser renovado devido ao aumento do número de casos da doença.

Para ter acesso ao destino, os visitantes precisam apresentar um comprovante de hospedagem, enquanto dentro dos hotéis é obrigatório o lado negativo no momento do check-in. Como era esperado, as restrições foram catalisadoras de cancelamentos de reservas em toda a cadeia hoteleira da cidade.

caldas novas - eduy azevedo

                                        Azevedo alega incoerências por parte do poder público

Caldas Novas: a batalha da reversão

Nas unidades do Grupo diRoma, desistências vêm crescendo desde o anúncio das medidas. A rede alega estar se esforçando para reverter os cancelamentos em remarcações, enquanto laboratórios locais tentam ajustar valores com o objetivo de facilitar a realização de testes para turistas que chegam a Caldas Novas.

“Os poucos clientes que não trazem o teste estão fazendo nos laboratórios da cidade, estamos incentivando isso e também que os grupos que haviam reservado façam os testes antes da viagem ou troquem as datas, sempre deixando explícito que estamos mantendo as portas abertas, os atendimentos, infraestrutura e serviços alinhados com quaisquer novas exigências sanitárias. Houveram cancelamentos, mas os clientes que estiveram nos hotéis nesse último final de semana, onde as restrições do decreto 616/2021 estavam valendo, usufruíram dos nossos serviços com a mesma qualidade e critérios preventivos seguidos rigorosamente”, comenta Aparecido Sparapani, superintendente do Grupo diRoma.

“O novo decreto se estende até o próximo dia 16, então seguiremos trabalhando para que a administração pública flexibilize alguns pontos que facilite a estada dos turistas em Caldas, uma vez que notamos uma adesão responsável por parte dos clientes as medidas preventivas nos nossos hotéis e parques”, complementa Sparapani.

Para Eduy Azevedo, diretor executivo da Privé Hotéis & Parques, existem incoerências no decreto anunciado pela prefeitura. “Tanto a hotelaria quanto bares e restaurantes já implementaram os protocolos de segurança. Aumentamos nossos custos para oferecer uma experiência segura aos hóspedes. Agora, o poder público exige uma redução drástica para 30% em um hotel onde todos os clientes apresentaram laudo negativo para Covid-19?”.

Para não perder as reservas, Azevedo explica que a equipe comercial da rede busca reverter os cancelamentos no caso de contato direto. “Explicamos os protocolos, mas muitas remarcações estão sendo solicitadas e precisamos respeitar”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Grupo diRoma

(**) Crédito da foto: Divulgação/Privé Hotéis & Parques