O cenário é diferente, mas a história se repete. Da mesma forma que muitos empreendimentos hoteleiros, sejam eles independentes ou de grandes redes, os Hotéis Panamby ainda tem como suas maiores preocupações a recuperação de RevPar e diária média.

Com uma unidade em Guarulhos e outra em São Paulo, a empresa optou por manter os empreendimentos operando mesmo nos momentos críticos da pandemia. “Podemos considerar que se compararmos ao primeiro semestre de 2020, nossa taxa de ocupação subiu. Porém, continuamos trabalhando no incremento da diária média e RevPar de acordo com cada praça de mercado. Estamos na expectativa de obter uma retomada mais rápida e assim melhorar nossos índices”, explica Kelly Sansivieri, gerente Comercial dos Hotéis Panamby.

Por sua proximidade com o Aeroporto Internacional de São Paulo, o Hotel Panamby Guarulhos vem apresentando melhores resultados, ainda que a unidade tenha perdido 40% em diária média desde o início da crise. “Infelizmente, para o mercado de Guarulhos ainda falta a iniciativa para tentar recuperar os prejuízos. Recebemos hóspedes que, em sua maioria, estão de passagem pelo destino”, pontua Kelly.

Já o empreendimento da capital paulista ainda vem sofrendo com o esvaziamento das feiras e eventos, além da tímida retomada do público corporativo. “O retorno dos hóspedes de negócios vem ocorrendo a passos lentos. Em ambos os hotéis estamos atendendo viajantes corporativos, lazer e famílias que buscam sair de casa aos finais de semana”, acrescenta a gerente.

Hotéis Panamby - kelly sansivieri

Perse foi uma decepção para os hotéis, diz Kelly

Hotéis Panamby: falta de ajuda governamental

Para manter o caixa saudável, a empresa passou a praticar tomadas de decisões rápidas e eficientes desde abril de 2020, reduzindo gastos e realizando planejamentos. Outro ponto importante foram os investimentos feitos em higiene e segurança foram fundamentais para manter a confiança dos clientes na marca.

E apesar das medidas de redução de jornada e salários, Kelly afirma que o grupo esperava ações mais assertivas por parte do governo. “O Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) foi um grande desapontamento para os hotéis. Na esfera municipal, não houve nenhuma ajuda, principalmente referente a redução do IPTU”, lamenta.

O segundo semestre chega com a promessa de aumento nas demandas com o avanço na vacinação e a possibilidade de retorno das feiras, eventos corporativos e shows, ainda que longe do ideal. “Com o público de negócios crescendo muito lentamente, acreditamos que a recuperação ficará para o primeiro trimestre de 2022”, finaliza a gerente.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Hotéis Panamby