A Hilton Worldwide divulgou hoje (5) o balanço referente ao primeiro trimestre de 2021. Como esperado em função dos efeitos da pandemia globalmente, a rede norte-americana encerrou o período com perdas de US$ 109 milhões, forte retração se comparado ao lucro de US$ 18 milhões de igual período de 2020. Já o Ebitda ajustado ficou em US$ 198 milhões, queda de 45,4% na mesma base de comparação, quando o indicador bateu em US$ 363 milhões. Em 2020, a empresa teve prejuízo líquido de US$ 720 milhões.

Já a receita totalizou US$ 874 milhões no primeiro trimestre de 2021, menos da metade do US$ 1,92 bilhão registrado um ano antes. Os recursos oriundos das taxas de franchise e licenciamento de hotéis, por exemplo, caiu 28,6% frente ao primeiro trimestre de 2020, somando US$ 242 milhões. É certo que o fechamento temporário de hotéis pesou no resultado. Segundo a Hilton, as operações de 275 propriedades, que estão localizadas principalmente nos Estados Unidos e na Europa, foram suspensas por algum período nos três meses encerrados em 31 de março de 2021. Ainda assim, trata-se de um avanço considerável frente os 730 unidades com atividades paralisadas em igual período de 2020.

Já o RevPar global caiu 38,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020, com a Europa registrando o pior desempenho entre as regiões onde a Hilton opera (-75,9%). Nas Américas, excluindo os Estados Unidos, o indicador cedeu 54,6% – não foram divulgados números específicos relativos ao Brasil ou América do Sul. Já a ocupação global foi de 43,9%, 11 pontos percentuais a menos do que igual período do ano passado. Nas Américas, à exceção dos Estados Unidos, o índice ficou em 30,3%, 21,3 pontos percentuais menor na mesma base  de comparação. A rede norte-americana tem 11 hotéis no Brasil.

“Estamos satisfeitos com nossos resultados do primeiro trimestre”, afirma Christopher Nassetta, presidente e CEO da Hilton, em comunicado enviado aos investidores. “Casos crescentes de Covid-19 e restrições de viagens, especialmente na Europa e na região Ásia-Pacífico, pesaram sobre a demanda de janeiro e fevereiro. No entanto, vimos melhora significativa em março e abril. Esperamos que este momento positivo continue à medida que as vacinas são mais amplamente distribuídas, o que vai deixar nossos clientes cada vez mais seguros para viajar novamente”, completa.

Hilton: pipeline

No primeiro trimestre de 2021, a Hilton abriu 105 hotéis, totalizando 16,5 mil quartos. Destaque, no Brasil, para a inauguração do Canopy by Hilton São Paulo Jardins, em fevereiro, e a adição do Almenat, em Embus das Artes (SP), ao portfólio da Tapestry Collection by Hilton, revelado com exclusividade pelo Hotelier News. Além disso, em termos globais, a rede norte-americana colocou em operação seu 100ª empreendimento da marca Curio by Hilton. Além disso, durante o trimestre encerrado em 31 de março, a empresa adicionou mais de 5 mil quartos ao pipeline de desenvolvimento.

Com isso, ao fim do primeiro trimestre de 2021, o pipeline da Hilton passou a somar 2.570 hotéis, com quase 399 mil quartos em 114 países, incluindo 31 mercados onde a rede norte-americana ainda não atuava. Além disso, dos apartamentos atualmente em desenvolvimento globalmente, 241 mil quartos estavam localizados fora dos EUA. Por fim, 204 mil habitações já estavam em processo de construção.

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Apartamento do novíssimo Canopy by Hilton São Paulo Jardins, aberto em fevereiro

 

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hilton Worldwide