Teve início ontem (17), com a divulgação dos resultados financeiros da Hilton Worldwide e da Hyatt Hotels, a temporada de balanços das principais redes hoteleiras internacionais. Hoje (18), sai o da Marriott International, que publicaremos uma análise daqui a pouco. Na semana que vem será a vez de Accor e IHG (InterContinental Hotel Group). No geral, o cenário é e será semelhante para todas essas empresas: lucro dando lugar a prejuízo, com a receita cedendo acima de 50% frente ao ano anterior.

Comecemos pela Hilton. A cadeia hoteleira sediada em McLean, na Virgínia, trocou um lucro líquido de US$ 886 milhões no ano passado por um prejuízo líquido de US$ 720 milhões em 2020. Já o Ebitda Ajustado (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) somou US$ 842 milhões, queda de 63,5% na comparação anual. Por fim, o RevPar global cedeu 56,7% frente a 2019.

Houve, contudo, o que celebrar: a Hilton atingiu a marca de 1 milhão de quartos mundialmente no quarto trimestre. Ao todo, a cadeia hoteleira norte-americana inaugurou 414 hotéis em 2020, adicionando 47,4 mil apartamentos ao portfólio, o que representa alta líquida de 5,1% em relação a 2019. Em 31 de dezembro de 2020, a empresa tinha um pipeline aprovado de 2.570 unidades, com mais de 397 mil habitações em 116 países, incluindo 31 dos quais a companhia ainda não atua. Além disso, das UHs (Unidades habitacionais) em desenvolvimento, 204 mil já estão em construção.

“Nossos resultados do quarto trimestre estiveram amplamente em linha com nossas expectativas, mesmo com o aumento de casos Covid-19 e o consequente crescimento das restrições de viagens, que interromperam o momento positivo que vivemos ao longo do verão e outono (hemisfério norte)”, diz Christopher Nassetta, CEO da Hilton, em comunicado ao mercado. “Esperamos que nossas marcas continuem a impulsionar novas oportunidades de desenvolvimento e de conversões, permitindo-nos ainda expandir a rede e capturar uma boa parcela da demanda conforme as viagens recomeçam”, completa.

Hilton e Hyatt - resultados financeiros 2020_banner Hilton

Hilton e Hyatt: mais números

Já a Hyatt Hotels encerrou 2020 com Ebitda Ajustado de US$ 177 milhões, queda de 76,5% frente ao ano anterior. Como a Hilton, a rede norte-americana trocou um lucro líquido de US$ 766 milhões em 2019 por um prejuízo líquido de US$ 703 milhões 12 meses depois. Já o RevPar global cedeu 65,4% na comparação anual.

“Mantivemos uma posição de liquidez muito forte, enquanto o quarto trimestre mostrou uma melhora sequencial modesta no RevPar. Estamos preparados para o que quer que venha em 2021 e esperamos obter melhores resultados financeiros à medida que a distribuição de vacinas continua e as restrições de viagens são suspensas com o tempo”, afirma Mark Hoplamazian, CEO da Hyatt Hotels.

Hoje, quase todas as propriedades da empresa já estavam abertas no final de 2020. Em 31 de dezembro, por exemplo, 94% dos hotéis (93% dos quartos) estavam em operação em comparação com os 92% em 30 de setembro  do ano passado.

Em relação ao desenvolvimento hoteleiro, a Hyatt Hotels inaugurou 72 empreendimentos (14,9 mil habitações), incluindo 11 conversões, no ano passado. Além disso, em 31 de dezembro, aproximadamente 500 empreendimentos no pipeline, somando cerca de 101 mil apartamentos.

(*)  Crédito da foto: reprodução Skift