A manutenção de diária média foi um dos principais nortes do Grupo Tauá. Com a operação em Araxá (MG) retornando em 9 de setembro após uma período de obras, a rede hoteleira mineira celebra a retomada econômica com bons resultados nas unidades. De acordo com Daniel Ribeiro, presidente do grupo, o impacto financeiro durante a segunda onda foi menor.

“A pandemia da Covid-19 em sua segunda fase foi mais sentida na frente emocional. O Grupo Tauá estava com as operações funcionando novamente e, em razão de restrições de circulação, tivemos que fechar novamente – mesmo que por pouco tempo. Foi um baque maior neste aspecto”, explica.

A facilidade para os empreendimentos da companhia engrenarem em uma retomada rápida se deve, na visão de Ribeiro, à localização. São todos empreendimentos que ficam em contato direto com a natureza e, por conta disso, dão mais tranquilidade ao hóspede que deseja sair de casa com segurança. Além disso, o executivo cita que a facilidade de chegar às unidades de carro é outro fator importante.

A manutenção de uma diária média competitiva, portanto, manteve a rede hoteleiro mineira no jogo. A realidade, segundo o executivo, é que os hóspedes estão procurando experiências de lazer seguras, independentemente do preço. Por isso, entre janeiro e julho, os índices dos três resorts do Grupo Tauá em operação atualmente estão assim:

Alexânia (GO)

  • Ocupação: 42%
  • Diária média: R$ 1122,30
  • RevPar: R$ 475,85

Atibaia (SP)

  • Ocupação: 41%
  • Diária média: R$ 1266,23
  • RevPar: R$ 519,91

Caeté (MG)

  • Ocupação: 38% ocupação
  • Diária média: R$ 861,33
  • RevPar:R$ 328,16 RevPar

O empreendimento de Alexânia, inaugurado em outubro de 2020, é o que possui o melhor índice de ocupação. O investimento de R$ 191 milhões do Grupo Tauá tem correspondido, de acordo com Ribeiro, com boa aceitação de regiões como Brasília e Goiás.

“É um público de famílias jovens, em média, com um filho pequeno. São as que mais conseguem viajar de carro para destinos próximos e aproveitar atrações nestes moldes”, afirma.

Grupo Tauá: resultados e perspectivas

O caixa da rede mineira ganhou equilíbrio com o aumento relevante no segmento de lazer, compensando a falta de convenções (Mice) e a recessão nas viagens corporativas. Além disso, a saúde financeira foi encontrada por meio da diminuição de custos (redução de colaboradores e contratos negociados).

A volta aos níveis pré-pandemia, de acordo com Ribeiro, deve acontecer até o final do ano. Se não for total, a maior parte das perdas deve ser compensada ainda em 2021. “A demanda reprimida e a vacinação em massa deve ampliar os resultados no segundo semestre deste ano, principalmente a volta de eventos de pequeno e médio porte”, complementa. E é isso o que, de fato, já acontece.

O executivo conta que a procure para eventos menores no segundo semestre já é realidade ao Grupo Tauá. A expectativa para volta completa desta modalidade, portanto, é para outubro, sendo 2022 o ano para eventos de empresas que economizaram com esse budget nos últimos 12 meses.

Novidades

A pandemia também remediou os planos do Grupo Tauá de chegar ao Nordeste. Com dois destinos – não confirmados por Ribeiro – em destaque, a rede ainda pretende comprar um terreno na região, além de buscar, por outro lado, a construção de um resort de praia. No caso do segundo modelo citado, a pretensão é que a expansão aconteça ao litoral paulista ou Rio de Janeiro.

(*) Crédito da foto: Gabriel Boieras/Grupo Tauá