* Reportagem atualizada em 04/05/2021, às 12h43

Com sua oferta de 13 unidades concentrada em Caldas Novas (GO), o Grupo diRoma vê gradual recuperação da ocupação, que se aproxima da média de 35% em abril. A expectativa da rede goiana era ver a demanda acelerar neste mês, mas as medidas de restrição impostas em São Paulo e Minas Gerais, os principais mercados emissores para os hotéis da empresa, adiaram os planos. Agora, o início da retomada é esperado para junho em diante.

Aparecido Sparapani, superintendente do Grupo diRoma, acredita que, apesar das dificuldades recentes, é possível recuperar os prejuízos acumulados este ano. “Fevereiro, apesar do Carnaval, foi ruim, com ocupação abaixo de 20%. Março cresceu para 30% e, agora, deve se aproximar de 35%”, informa o executivo. O executivo destaca que grupos rodoviários – especialmente São Paulo e Minas Gerais – e carros particulares representam boa parte da demanda, formada por famílias das classes B, C e D.

“Nos últimos meses, em função da pandemia, Gol e Azul suspenderam voos para Caldas Novas. Ainda assim, o que mais nos prejudicou mesmo foram as restrições nos nossos dois principais mercados emissores”, Sparapani. “Então, a partir de junho, com um número maior de pessoas vacinadas e as restrições sendo abrandadas, apostamos que as viagens serão retomadas para Caldas Novas. As pessoas querem viajar e o lazer vai recuperar mais rápido. Não é um ano perdido”, aposta.

A estratégia comercial neste ano foi pautada por promoções já a partir da segunda quinzena de janeiro, quando a ocupação começou a cair. Houve ainda grande mobilização no trade Caldas Novas para reverter cancelamentos. Mesmo assim, com todas essas iniciativas em curso, atualmente nenhum hotel do grupo atinge o ponto de equilíbrio. “Por isso, os esforços em reduzir custos e minimizar as perdas seguem firmes. Hoje, temos um bom número de colaboradores cumprindo aviso prévio, o que reforça a importância da reedição da MP”, comenta Sparapani, referindo-se à medida provisória editada hoje (28) pelo governo federal (tire todas as dúvidas aqui).

“No pré-pandemia, tínhamos cerca de 2,5 mil colaboradores, número que foi reduzido para 1,8 mil nos últimos meses, lembrando ainda que, por decreto, operamos com 50% da capacidade”, destaca o superintendendo do Grupo diRoma. “Nossos investidores entendem o momento delicado e sabem que não é um problema localizado, de Caldas Novas. Como nós, eles acreditam que situação vai se reverter à medida que vacinação em massa acelerar”, completa.

Grupo diRoma - perspectivas 2021_Aparecido Sparapani

A partir de junho, com a vacinação, Sparapani espera retomada mais acelerada da demanda

Grupo diRoma: expansão

De qualquer forma, Sparapani evita fazer projeções de longo prazo, o que inclui uma estimativa sobre um eventual retorno aos padrões pré-pandemia. “Ainda é difícil fazer projeções para períodos mais longos neste momento. Ainda assim, se não acontecer nada de anormal, acho que conseguimos recuperar os padrões de 2019 em 2022”, avalia. “Para este ano, a expectativa é de crescimento de receita na comparação anual, mas é bom lembrar que, no ano passado, o faturamento do grupo caiu 25%”, ressalta.

Em função disso, a rede goiana se viu obrigada a desacelerar alguns projetos. No ano passado, por exemplo, a empresa pretendia aumentar em 115 apartamentos a oferta existente do Thermas diRoma, que já tem 333 quartos. “Devido a pandemia, o início das obras ficou para este ano”, revela Sparapani, que não quis revelar o investimento – o ativo pertence ao grupo. Há ainda um novo hotel de 335 UHs, estruturado no modelo de condo-hotel, com entrega prevista para 2022, assim como o novo bloco de apartamentos do Thermas. Em compensação, em fevereiro, a ampliação da área de A&B (Alimentos & Bebidas) do Thermas diRoma foi entregue.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Grupo diRoma

(**) Crédito da foto: Arquivo HN