Grupo AmaranteRede planeja reabertura parcial em setembro

Desde o dia 1º de abril, o Grupo Amarante paralisou as operações de seus três empreendimentos devido à pandemia. Diante do cenário incerto, a rede se comprometeu em manter o emprego de pelo menos 720 colaboradores diretos e decidiu por adiar a reabertura das unidades para o dia 1º de setembro.

Com a crise, o grupo já contabiliza perda de R$ 125 milhões em receita. Com o avanço da Covid-19, a empresa optou por não retomar suas atividades em julho, como era previsto. A decisão tem como principal foco preservar a saúde de hóspedes e funcionários do Salinas Maceió, Salinas Maragogi e Japaratinga Lounge Resort.

Em 2019, o grupo contou com uma receita de mais de R$ 180 milhões, enquanto em 2018 o número foi de R$ 134 milhões. Em janeiro e fevereiro deste ano, o valor já representava cerca de 63% de receita, em relação ao mesmo período no ano passado. 

O Grupo Amarante ainda afirmou que manterá o plano de saúde de 400 colaboradores que precisarão ser desligados a partir desta semana. O seguro dará cobertura total aos trabalhadores e dependentes até dezembro de 2020, período em que a rede pretende realizar novas contratações, considerando a normalização das operações. Os funcionários desligados estarão em um cadastro especial para receberem benefícios e serão prioridade no processo de contratação.

"O Turismo é o setor mais imediatamente e gravemente afetado pela pandemia em todo o mundo. Fizemos um grande esforço e mantivemos todos os empregos no mês de abril, mas a situação é muito grave,” comenta Mário Vasconcellos, CEO do Grupo Amarante. O setor foi o responsável por 10,3% do PIB global em 2019, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.

Grupo Amarante: reabertura

Estudando os processos de retomada, a rede afirma que para garantir a segurança de todos, as reaberturas serão feitas de forma lenta e parcial, seguindo uma série de protocolos preventivos conforme as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), Ministério da Saúde e secretarias de Saúde do Estado e dos Municípios.

Entre as medidas do protocolo adotado pelo Grupo está a redução em 50% da quantidade de hóspedes; padrões ainda mais rígidos de higiene e limpeza; isolamento dos apartamentos por, no mínimo, 24h entre as hospedagens; proteção e monitoramento dos colaboradores contra a contaminação; reforço na estruturas de atendimento médico nos hotéis; aumento da distância entre mesas, cadeiras e pessoas; suspenção de serviços e ambientes que tenham alta concentração de público; criação de nova programação de lazer ao ar livre e o treinamento intensivo de toda equipe. 

“Cerca de 80% do público dos resorts são de fora do Nordeste. A redução da malha aérea é um fator que irá dificultar a retomada no final ano, mas entendemos que vai existir espaço entre o público regional, que também vai priorizar viagens mais próximas”, comenta Pedro Carvalho, gerente de Marketing.

"Nos meses de julho e agosto, nossa equipe estará realizando treinamentos e implantando novos processos de higiene, limpeza e segurança alimentar, de forma a garantir que a experiência nos resorts seja a mais segura e confortável tanto para quem se hospeda quanto para quem trabalha conosco", explica Sérgio Lins, diretor administrativo e financeiro.

Buscando ajudar as comunidades locais diante da crise, o Grupo Amarante doou mais de 10 toneladas de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade. Os produtos foram distribuídos para diversas instituições nos três municípios onde estão localizados os empreendimentos.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Grupo Amarante