Em via de regra com outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, o Governo de Minas Gerais informou hoje (15) a saída da Grande BH e 70% do estado da onda roxa. A partir de sábado (17), conforme anunciou o governador Romeu Zema (Novo), estes locais voltam à onda vermelha.

Além de Zema, a decisão de “flexibilizar” o programa teve apoio do Comitê Extraordinário Covid-19. O grupo, que se reúne semanalmente para discutir a pandemia no estado, entendeu que é possível retroceder minimamente nas restrições do plano Minas Consciente na Grande BH e parte de Minas Gerais.

Sendo assim, a lista de locais colocados na onda vermelha na região é:

Macrorregiões

  • Norte
  • Sul
  • Sudeste
  • Jequitinhonha

Microrregiões

  • Betim
  • Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté
  • Contagem
  • Curvelo
  • Manhuaçu
  • Vespasiano

Nesta etapa, todos os serviços dessas regiões podem funcionar, mas com algumas condições – inclusive hotéis. O infográfico abaixo resume isso:

Como orientações adicionais, o Governo de Minas inclui à onda vermelha a priorização do teletrabalho, proibição de atendimento pelo cliente (self service), agendamento prévio em atendimento, questionar clientes sobre sintomas da covid-19 para evitar a contaminação e, por fim, aferir a temperatura de consumidores e funcionários.

Grande BH: hotelaria

A reportagem do Hotelier também apurou os impactos da situação à hotelaria mineira. Em entrevista, o consultor hoteleiro Maarten Van Sluys detalhou médias na ocupação, diária média e RevPar na Grande BH durante o primeiro trimestre de 2021.

Ocupação

Com regresso de -4,8% na evolução do índice, a média ficou em 30%.

Diária Média

A queda de -13,11% deixou o número em R$ 228,32.

RevPar (receita por quartos disponíveis)

Também com diminuição gradativa de janeiro a março, a média do período ficou em R$ 62,77.

Momento

Nas principais cidades, que tomam 80% da oferta hoteleira mineira, o mercado é praticamente corporativo, explicou Van Sluys. Por conta disso, o retrocesso nas etapas de restrições é positivo, mas a retomada ainda depende da vacinação em massa da população.

“A insegurança é presente ante uma nova reversão conforme os índices da pandemia. Todos estão muito ressabiados com todo este pêndulo que vai e volta”.

O executivo também citou a reedição da MP 936, entre outras ações do governo Federal, para manter o turismo brasileiro respirando. “A Medida Provisória que permite reduzir a jornada e suspender contratos de trabalho é urgente. A situação segue sendo frágil”, complementa.

(*) Crédito da foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

(**) Crédito do infográfico: Divulgação/Governo estadual de Minas Gerais