Matéria atualizada às 16h02 do dia 12 de janeiro de 2022*

Desde julho de 2021, o estado de São Paulo vive sua fase mais flexível de medidas restritivas da pandemia. Entretanto, uma nova onda de contágios pode mudar o cenário. O governador João Doria afirmou ontem (11) que as restrições para eventos com aglomeração podem voltar a ser decretadas diante do avanço da variante Ômicron e epidemia de Influenza.

As novas medidas anunciadas hoje (12), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governo recomendou a redução a 70% de público em estádios e shows, assim como a exigência do comprovante de vacinação completa, segundo divulgado pela CNN.

“Após a constatação de uma alta elevação no número de casos de Covid-19 em São Paulo e deliberação dos médicos, o governo decidiu recomendar que organizadores de eventos públicos, principalmente musicais e esportivos, que reforcem medidas preventivas para evitar a disseminação da Covid”, afirmou Doria.

O governador ainda prorrogou o uso obrigatório de máscaras até 31 de março em ambientes abertos e fechados. O coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, falou sobre a alta de casos de Covid-19 no estado, entretanto, reiterou a importância da vacinação.

Nesta semana, um grupo de lojas sugeriu que os shoppings reduzam o tempo de abertura para apenas um turno porque os ajudaria a lidar com o problema da falta de funcionários que contraíram a doença e tiveram de ser afastados. A medida também seria oportuna para o momento de baixo fluxo de consumidores.

A proposta de redução das horas recebeu o apoio do sindicato dos comerciários. A Abrasce, associação que reúne os shoppings, disse que o cenário é diferente em cada estabelecimento e que requer avaliações pontuais.

Pressão sanitária e aumento de casos

O coordenador executivo do Centro de Contingência Contra a Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, falou sobre a alta de casos de Covid-19 no estado, entretanto, reiterou a importância da vacinação.

Segundo o coordenador, houve o aumento de 58% no número de pessoas internadas nos leitos de UTI nas últimas semanas, e o acréscimo de 99% no número de pacientes nas enfermarias.

“Estamos enfrentando uma pandemia dos não vacinados, dos que não completaram a vacinação e das crianças não vacinadas, esses dois grupos são os responsáveis por esse acréscimo que vislumbramos no número de internações e de casos”, disse Gabbardo.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo