Ainda que a prioridade das empresas para 2022 esteja ligada às práticas de governança, a hotelaria está também comprometida com as duas primeiras letras da sigla ESG (Environmental, Social and Governance). Uma pesquisa realizada pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) revela que o setor considera impactos ambientais e sociais antes de realizar investimentos e escolhas de consumo.

Entre as redes hoteleiras associadas que participaram do levantamento, 70% afirmaram possuir uma área voltada para práticas sustentáveis, enquanto 85% declararam ativamente reduzir a utilização de produtos de uso único, como canudos, garrafas plásticas e embalagens para amenities. Além disso, 92% das empresas realizam iniciativas de redução ou reciclagem dos resíduos gerados pelos empreendimentos.

Entretanto, reciclar ou reutilizar não são as únicas práticas de sustentabilidade ambiental. Também é preciso estar atento ao consumo diário dos hotéis. Quanto a isso, 85% das redes entrevistadas afirmaram trabalhar ativamente na redução do desperdício de alimentos; e 92% adotam medidas para minimizar o gasto de água e energia elétrica.

Entre essas medidas, estão o uso de redutores de vazão de água em torneiras, chuveiros e descargas, que são adotados por 62% das redes, lâmpadas de LED (38%), painéis solares (23%), entre outras. Esses últimos valores referem-se a práticas que ainda estão evoluindo na maioria das redes participantes do estudo. Isso explica a porcentagem relativamente baixa se comparada com os outros indicadores, revelando que, apesar dos bons resultados, há uma longa jornada pela frente.

O ‘S’ de ESG

Quando se trata da parte social da agenda ESG, 80% das redes participantes do levantamento do FOHB declararam possuir diretrizes claras acerca da integração diversificada na empresa, possuindo políticas específicas voltadas aos públicos LGBTIQA+, PCDs, equidade de gênero, refugiados e étnico-raciais.

(*) Crédito da foto: Noah Buscher/Unsplash