A região Sul registra o mais alto percentual de hotéis fechados no país, enquanto 100% dos resorts nacionais estão com operações suspensas. É o que mostra estudo divulgado hoje (7) pelo FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), que traz uma radiografia do momento atual da hotelaria brasileira. Com uma amostra de 736 unidades de 23 redes em 177 cidades, a pesquisa traz um olhar sobre a hora da retomada: para 47% dos entrevistados, as reaberturas começam em junho.

No geral, 63% da oferta nacional de hotéis estão com operações suspensas. Na região Sul, o percentual sobe para 80%. Na sequência, aparecem Nordeste (66,5%), Centro-Oeste (59,2%), Sudeste (58,1%) e Norte (51,1%). Já entre as cidades, Curitiba, Porto Alegre, Campinas e Rio de Janeiro são as únicas com mais de 60% do inventário fechado. A capital paranaense “lidera” no quesito, com 69,5%.

“É um trabalho quantitativo, uma forma de mostrar uma fotografia do mercado neste momento, além de falar o que vem pela frente”, explica Orlando de Souza, presidente executivo do FOHB, em contato com o Hotelier News. “Podemos concluir que, da oferta ainda em operação, a maioria é por questões pontuais, como hotéis com moradores ou que recebem tripulação. Um número menor é de proprietários que efetivamente desejam manter a unidade aberta. Fato é que a demanda atual é muito baixa”, completa Souza.

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FOHB: reabertura

Como mostra o estudo, quase metade dos entrevistados (47%) estima o retorno às operações em junho, em linha com a análise feita pelo Hotelier News em reportagem anterior. Entre os demais respondentes, 24% citou maio, 21% ainda em abril e 8% em julho. “Em cima do que está ocorrendo em outros países, o gráfico da performance hoteleira é bem parecido. Vem o baque, a ocupação em dado momento vai quase a zero e cerca de 60 dias depois começa gradualmente a subir”, comenta Souza.

“Dessa forma, se o país for eficiente no controle do coronavírus, dá para ter uma expectativa de aumento da curva de ocupação a partir da segunda quinzena de maio para frente. A partir daí, a aceleração do indicador é até previsível, pois a base de comparação é muito baixa. Além disso, haverá maior confiança, o que estimula o mercado. Agora, novamente, tudo dependerá da eficiência no controle da pandemia”, finaliza o presidente executivo do FOHB.

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(*) Crédito da capa: Peter Kutuchian/Hotelier News