De acordo com levantamento divulgado hoje (22) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu 2,9 pontos em fevereiro, chegando a 77,0. O número representa o maior patamar desde agosto de 2021, quando o índice atingiu 81,8 pontos. Apesar do resultado positivo, os números apontam que ainda é necessário cautela, visto que o valor permanece baixo em relação à série histórica, revela a Folha.

O resultado teve impacto direto tanto na avaliação sobre o momento quanto nas expectativas para os próximos meses. O ISA (Índice de Situação Atual), por exemplo, avançou 1,5 ponto, chegando a 67,6, enquanto o IE (Índice de Expectativas) cresceu 3,8 pontos, atingindo 84,5, o melhor resultado também desde agosto do ano passado, quando o resultado para esse indicador foi de 90,9 pontos.

“O destaque foi o aumento da intenção de compra de bens duráveis, que estava em queda há cinco meses consecutivos”, avalia Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens. O indicador avançou 8,8 pontos, atingindo 61,1. O resultado representa melhora em relação a janeiro, período no qual foi registrada queda de 0,8%.

FGV: cenário de incertezas exige cautela

Ainda de acordo com Viviane, o aumento no ICC pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, além de perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica. Por outro lado, destaca que ainda é necessário cuidado.

“Mas é preciso ter cautela. O nível do ICC ainda é muito baixo em termos históricos e o comportamento volátil dos consumidores nos últimos meses mostra que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo”, finaliza.

(*) Crédito da foto: geralt/Pixabay