O FGV (Fundação Getulio Vargas) informou hoje (6) o crescimento de 4,2 pontos percentuais no IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego). O índice, que antecipa rumos do mercado de trabalho, alcançou 87,6 pontos e confirmou o maior número desde fevereiro de 2020 (92 pontos). Este foi o último mês antes da pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil.

Na média móvel trimestral, o indicador teve variação positiva de 3,5 pontos, indo para 83,2 pontos percentuais. De acordo com Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, os dados anunciados demonstram sinais de recuperação das contratações em serviços e indústria.

“O indicador antecedente de emprego fechou o segundo trimestre recuperando as perdas sofridas no início do ano e retornando ao maior patamar desde o início da pandemia”, afirma. Ainda segundo o especialista da FGV, alguns fatores que podem ter contribuído à melhora são a recuperação econômica, redução do número de mortes pela Covid-19 e, por consequência, a flexibilização das restrições de circulação.

Por fim, Tobler cita que a expectativa é que a recuperação do indicador de empregos se mantenha nos próximos meses, mas ainda existe ‘muita’ incerteza. “O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada”, complementa.

Em outro estudo publicado recentemente, a FGV também divulgou o aumento da confiança do consumidor. Neste caso, o nível também apresentou recorde e foi o maior desde novembro de 2020.

FGV: outros dados

O levantamento da FGV também cita que o destaque para o resultado positivo fica por conta do setor de Serviços. O aumento nesse âmbito foi de 8,1 pontos percentuais, com melhora de 24% no agregado do IAEmp.

Na contribuição em ponto, a Indústria teve participação menor nas sondagens de emprego previsto, situação atual dos negócios e tendência dos negócios na Indústria de Transformação. Contudo, os pontos percentuais foram positivos, como mostra o quadro acima:

FGV

(*) Crédito da foto: Valdecir Galor/SMCS