Após apresentar crescimento em abril, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) subiu novamente em maio. A alta de 3,7 pontos para 76,2 pontos recuperou 81% da queda do índice em março, mas ainda não retomou os níveis positivos de fevereiro. Sendo assim, o índice continua com tendência negativa de 0,6 ponto nas médias móveis trimestrais. Os dados foram divulgados hoje (25) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). As informações são do G1.

De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens da FGV, o levantamento aponta ainda para diferenças entre as pessoas. “Apesar do resultado positivo desse mês ter sido disseminado por todas as classes de renda e capitais, observa-se que consumidores possuem patamares de confiança bastante distintos e a diferença entre classe de renda baixa e alta tem atingido patamares elevados desde o final do ano passado”, afirma.

É possível ainda dedicar a melhora nos resultados à flexibilização das restrições na maioria dos estados. Em paralelo, a circulação também aumentou, diferente de março de 2021. Naquele mês, a pandemia da Covid-19 se agravou e gerou novos capítulos de medidas restritivas no país.

Sendo assim, o retrospecto geral do ICC, com números de maio de 2020 até este mês, aponta também para melhora (em pontos) na percepção das famílias. Veja abaixo:

2020

  • Maio: 62,1
  • Junho: 71,1
  • Julho: 78,8
  • Agosto: 80,2
  • Setembro: 83,4
  • Outubro: 82,4
  • Novembro: 81,7
  • Dezembro: 78,5

2021

  • Janeiro: 75,8
  • Fevereiro: 78
  • Março: 68,2
  • Abril: 72,5
  • Maio: 76,2

FVG: outros dados de maio

Em maio, a percepção dos consumidores sobre o momento atual e próximos meses foram menos pessimistas. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu 4,2 pontos, para 68,7 pontos, enquanto o IE (Índice de Expectativas) cresceu 3,2 pontos, para 82,4 pontos.

O indicador que mede a percepção sobre a situação econômica geral dos consumidores aumentou 2,3 pontos em maio, para 73,9 pontos — próximo ao nível de fevereiro. Já no que se refere às finanças pessoais, o crescimento foi de 5,9 pontos, para 64,1 pontos. O aumento da confiança foi de 8,9 pontos, para 109,6 pontos, sendo o maior valor desde outubro de 2020 (110,6 pontos).

Por fim, a análise da FGV embasada na renda mostra melhora da confiança em todas as faixas, com destaque para as famílias entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 — aumento de 7,8 pontos, para 69,2 pontos, no ICC. Porém, esse nível ainda considerado baixo em termos históricos.

Para esse público, o índice caiu 12,5 pontos entre fevereiro e abril. Neste caso, o aumento observado neste mês mostra recuperação de 62,4% da queda sofrida em março de 2021.

(*) Crédito da foto: Mehrad Vosoughi/Unsplash