De acordo com levantamento recente da FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), que apontou crescimento de 0,6% na economia em julho, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) teve alta de 1,0 ponto em outubro, subindo para 76,3 pontos após dois meses consecutivos em queda. Apesar do bom resultado, o índice ainda segue abaixo do patamar registrado em agosto, de 81,8 pontos, o que sinaliza cenário de incertezas.

Em médias trimestrais, o número permaneceu negativo ao cair 2,0 pontos, para 77,8. De acordo com Viviane Seda Bittencourt, a melhora do índice se deve à revisão das expectativas sobre as finanças familiares, que haviam registrado queda no mês passado.

FGV - Confiança_do_consumidor

“Essa revisão parece estar relacionada a uma recuperação das expectativas sobre o mercado de trabalho nos próximos meses. Entretanto, os consumidores se mantêm cautelosos em relação à intenção de compra de bens duráveis”, declarou em entrevista ao G1.

“O aumento da incerteza, dos preços e a demanda represada por serviços na pandemia podem estar contribuindo para frear o consumo desses produtos”, completou.

FGV: índices seguem patamar baixo em termos históricos

Ainda de acordo com a pesquisa da instituição, o ISA (Índice de Situação Atual) variou 0,2 ponto em outubro, passando para 69,0. Já o IE (Índice de Expectativas) teve variação de 1,3 ponto, passando para 82,4. A FGV avaliou que, em termos históricos, ambos se mantêm em um patamar muito baixo.

Em termos de expectativas, o índice que apresentou maior crescimento foi o que mede as perspectivas acerca da situação financeira familiar, que teve variação de 3,8 pontos, passando para 83,5. Entretanto, essa recuperação representa apenas 30% das perdas registradas em setembro.

Entre os consumidores de menor renda, o cenário é de pessimismo, visto que a análise por faixa de renda apontou piora da confiança para pessoas com renda até R$ 2.100,00, acumulando queda de -1,4 ponto, chegando a 63,7.

A faixa com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 obteve o melhor desempenho, com alta de 5,3 pontos, atingindo 73. Já na faixa entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, a confiança ficou estável em 81,8 pontos. Para os que possuem renda acima de R$ 9.600,00, o índice subiu de 85 para 85,7 pontos.

(*) Crédito da foto: geralt/Pixabay

(*) Crédito do infográfico: reprodução de internet/G1