O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) iniciou 2021 da mesma forma que terminou 2020: em queda. Segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), o indicador atingiu em janeiro o nível mais baixo em sete meses devido ao aumento de contágios por Covid-19 e endurecimento de medidas restritivas. As informações foram divulgadas hoje (26) pela Reuters.

No primeiro mês do ano, a confiança do consumidor brasileiro caiu 2,7 pontos, chegando a 75,8 pontos, patamar mais baixo desde junho de 2020 (71,1 pontos). Esta foi ainda a quarta queda consecutiva do indicador. “O recrudescimento da pandemia e a necessidade de adoção de medidas mais restritivas por algumas cidades geram grande preocupação com os rumos da situação econômica do país e das famílias”, explicou em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.

“Sem o suporte dos benefícios emergenciais, as famílias continuam postergando o consumo e dependendo da recuperação do mercado de trabalho, que tende a ser lenta diante do cenário atual”, completou. Os dados da FGV mostram que em janeiro houve piora tanto da percepção dos consumidores em relação ao momento quanto das expectativas para os próximos meses.

Desta forma, os consumidores sinalizam menor ímpeto de compras, com o menor patamar desde julho do ano passado.

FGV: recuo em outros indicadores

O ISA (Índice de Situação Atual) caiu 1,6 ponto e foi a 68,1 pontos, menor nível desde maio de 2020, enquanto o IE (Índice de Expectativas) recuou pelo quarto mês consecutivo, em 3,5 pontos, chegando a 82,1 pontos.

Ontem (25), o Brasil registrou 627 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença a 217.664, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Desta forma, o país é o segundo maior em número de vítimas do coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e Índia.

(*) Crédito da foto: Candid_Shots/Pixabay