O Expedia Group divulgou hoje o relatório com os números relativos aos segundo trimestre deste ano. No período, a empresa faturou US$ 3,2 bilhões, superando o observado no primeiro trimestre e avançando 51% em relação ao mesmo período do ano passado. Frente a 2019, o crescimento foi de 1%, segundo publicado no Phocuswire.

O Ebitda Ajustado, por sua vez, foi de US$ 648 milhões, resultado 14% superior ao segundo trimestre de 2019. Já as reservas brutas de hospedagem aumentaram 8% na mesma base comparativa, chegando a US$ 26,1 bilhões e crescendo 26% na comparação ano a ano. Os números – tanto de receita, quanto de Ebitda – configuram os melhores resultados da empresa para o segundo trimestre.

“Apesar das interrupções durante a temporada de viagens de verão e um cenário macroeconômico incerto, a demanda por viagens permaneceu forte”, afirma Peter Kern, vice-presidente e CEO do Expedia Group.

“Continuamos concentrando nossa energia em melhorar nossa tecnologia para nossos viajantes e parceiros, e atrair clientes mais valiosos por meio de relacionamentos diretos. Essas ações, juntamente com iniciativas anteriores para impulsionar a eficiência, nos colocam em uma posição melhor para resistir a quaisquer outros ventos macroeconômicos contrários, caso surjam”, completa.

Outros indicadores

A hospedagem representou 75% da receita total, gerando US$ 2,4 bilhões, aumento de 57% ano a ano. O restante da receita veio de publicidade e mídia (7%), aéreo (3%) e outras receitas (15%). As despesas de vendas e marketing, por sua vez, aumentaram 46% em comparação ao segundo trimestre de 2021.

O aumento, segundo a empresa, é creditado ao alto custo em todos os principais canais de marketing, bem como avanço nas comissões de parceiros B2B. Em ligação com analistas para discutir resultados, Kern compartilhou dados a respeito do programa de fidelidade do Expedia Group.

Nos últimos 18 meses, os membros de fidelidade representaram cerca de três vezes mais reservas brutas por cliente e mais do dobro do lucro bruto. Já em relação ao aplicativo móvel, o executivo destaca que os viajantes que utilizam a ferramenta sobraram o lucro bruto por cliente em comparação aos usuários que não utilizam o app.

“Quando combinamos os dois – membros de fidelidade que também reservam pelo aplicativo – podemos obter a maior produção de todos os clientes. Dados esses fatores principais, toda a empresa está focada em obter os clientes certos no funil e, em seguida, transformá-los em membros fiéis e usuários de aplicativos”, explica Kern.

No segundo trimestre, os membros de fidelidade aumentaram 33% em relação ao mesmo período de 2019. Já os downloads de novos aplicativos aumentaram 58% no período na mesma base comparativa.

Kern acrescenta que o desenvolvimento contínuo de uma única plataforma de tecnologia, combinado com melhorias contínuas em sua experiência de aplicativos móveis, valerá a pena a longo prazo.
“Sabemos que a qualquer momento, grande parte do público viajante está em disputa, procurando as melhores opções de viagem. A indústria atende literalmente bilhões de buscas e raramente gera lealdade verdadeira. Precisamos de uma vez por todas mudar essa dinâmica, fornecendo produtos e serviços dignos de fidelização”, pontua.

Foco em negócios parceiros

O esforço do Expedia Group no segmento B2B começou a mostrar progresso no segundo trimestre. Desde que se tornou CEO da empresa em 2020, Kern busca simplificar as operações, eliminando marcas e consolidando equipes, revela o Skift.

Durante a apresentação dos resultados trimestrais, representantes do Expedia contaram como a empresa deixou de fornecer voos para o Chase em fevereiro (ainda fornece hospedagem) e passou a oferecer aluguel de carros para a Delta.com, para complementar com a oferta de hotéis.

O Chase está prestes a lançar um portal de viagens maior e planeja atingir US$ 8 bilhões em vendas até 2025. Eric Hart, diretor financeiro do Expedia, disse que a parceria de hospedagem está tendo bom desempenho e, embora o relacionamento de voos e aluguel de carros já tenha desaparecido, não representou impacto significativo na lucratividade da empresa.

Ainda no trimestre, o grupo passou a ser o parceiro hoteleiro exclusivo da Avios, empresa de recompensas da British Airways e da Iberia, e começou a alimentar o portal de viagens da Bilt Rewards, programa de fidelidade para aluguéis.

Com isso, o segmento B2B gerou US$ 156 milhões em Ebitda Ajustado no trimestre, em comparação com a perda de US$ 4 milhões um ano antes. A receita no segmento cresceu 113%, chegando a US$ 650 milhões.

“Estamos evoluindo em vários aspectos e todos esses avanços também beneficiam nosso negócio B2B, que continua crescendo em ritmo acelerado”, reitera Kern.

Entre outros destaques do Expedia Group no Período, o CEO destacou que o tráfego direto gerou dois terços das reservas brutas nos negócios de varejo da empresa. O prejuízo líquido diminuiu 39% na comparação anual, chegando a US$ 185 milhões. Além disso, as ações da empresa subiram 5,7% no trimestre.

Por outro lado, Kern ressaltou que a capacidade de voos de longa distância, uma força tradicional do Expedia, ainda está cerca de 30% abaixo dos níveis pré-pandemia.

(*) Crédito da foto: Reprodução/Phocuswire