Já no período pré-pandemia da Covid-19, a distância entre Grupo Expedia e Booking Holdings era considerável. Entre 2017 e 2019, enquanto a segunda teve margem de lucro Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 38,5%, a primeira companhia ocupava a faixa de 11%. É nesse cenário que Peter Kern, CEO da Expedia, está inclinado a reduzir o lastro entre as gigantes. As informações são do Skift.

A esperança do executivo está em, de fato, ter um produto melhor que a concorrente. “A medida que fazemos melhor e divulgamos com a equipe, isso será convertido em resultados. Nossa evolução está norteada em desenvolver as habilidades e entender tudo que impacta na margens finais de lucro”, afirma.

Além disso, Kern também cita um ímpeto de melhorias nos resultados com ações da empresa. A lista inclui corte de custos desde o final de 2019, melhora no atendimento ao cliente e esforços para melhorar o desempenho no marketing — forte da Booking. Atualmente, o grupo também reuniu equipes de Expedia, Hotels.com e Vrbo para ter mais sinergia neste aspecto.

O fato é que a discrepância entre ambas multinacionais pode ser explicada também na própria estrutura de atuação. Enquanto a Expedia atua com hotéis, voos e operações B2B, a Booking é focada somente no primeiro segmento. Mesmo assim, no primeiro trimestre, o setor de viagens foi responsável pelo bom resultado do Grupo Expedia.

Grupo Expedia: estratégia

Para o futuro, o CEO citou que a tendência à Expedia é deixar de apostar no marketing de desempenho gradativamente. Na visão dele, o uso de palavras-chave em buscadores (Google e Bing) é uma prática pouco efetiva para atuações a longo prazo, período no qual mira os próximos esforços.

“É preciso estar disposto a desistir de táticas para tomar decisões estratégicas. É preciso unir isso com uma base para não insistir em uma luta perdida ou se perder”, salienta.

América do Norte

Apesar da Booking agir de forma mais agressiva no mercado hoteleiro norte-americano nos últimos meses, Kern não vê tanta diferença e acredita que a pandemia tenha equilibrado as contas.

No último ano, por exemplo, o ganho de “popularidade” do segmento econômico ajudou a Expedia, mesmo este não sendo o seu público forte.

(*) Crédito da foto: Skift