Os EUA anunciaram hoje (10) que o país deixará de exigir o teste de Covid-19 para viajantes internacionais. A medida foi comunicada por Kevin Munoz, secretário-assistente de imprensa da Casa Branca, e deve entrar em vigor a partir de domingo (12).

“Os EUA vão acabar com os requisitos de testagem de Covid-19 para os viajantes aéreos que entram no país”, pontuou Munoz em uma publicação no Twitter. Ainda segundo a Casa Branca, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças continuará avaliando a necessidade de testes “de acordo coma ciência e no contexto das variantes circulantes”.

Em novembro do ano passado, quando o país reabriu suas fronteiras, o teste negativo – feito um dia antes do pouso em solo americano – passou a ser exigido. Agora, porém, isso não é mais necessário.

“Desde o começo do ano, o governo americano tem ido na direção de afrouxar as restrições relacionadas à Covid-19, já que a situação da doença vem se normalizando no país. Para os brasileiros, que são muito ávidos por conhecer os EUA, isso também significa que viajar para cá ficou mais barato, já que o custo do teste antígeno agora será eliminado”, reforça Munoz.

Impacto na indústria de viagens

Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), a retirada da obrigatoriedade do teste injeta um novo ânimo no segmento.

“Isso traz para a gente uma perspectiva de aumento de fluxo dos EUA para cá. Antes, percebíamos que ele não estava acontecendo, e tivemos ainda mais certeza quando conversamos com órgãos da hotelaria e representantes das companhias aéreas”, disse em entrevista ao Hotelier News.

“Agora, temos certeza de que vai haver uma retomada mais forte. Do Brasil para os EUA, já estava acontecendo um movimento expressivo, e que agora deverá aumentar. As empresas terão mais segurança para enviar seus colaboradores. Essa tendência, somada à volta dos eventos presenciais, cria um cenário bastante positivo para o nosso setor como um todo”, avalia.

Este cenário de crescimento também foi previsto pelo WTTC (World Travel & Tourism Council), e vem se confirmando, segundo dados da Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Embratur. De acordo com o relatório da entidade, 71,9 mil passagens foram compradas dos EUA para desembarcar em cidades brasileiras entre junho e julho de 2022. Até ontem (9), 46,3 mil passagens haviam sido adquiridas do país para o Brasil com chegadas neste mês.

Já para julho, foram compradas 25,5 mil passagens. A expectativa é de que o número cresça substancialmente até o fim do mês., visto que historicamente os EUA compram os bilhetes aéreos mais perto da data de embarque. Em 2019, o número chegou a 51,5 mil passagens para julho.

“Essa é uma demonstração de que o turismo internacional está recuperando sua força e a Embratur está atenta a este movimento. Iniciamos em maio nossa mais nova campanha para o mercado dos EUA, a Visit Brazil: a wow experience, e temos certeza de que o Brasil será lembrado como um dos melhores destinos para os norte-americanos”, finaliza Silvio Nascimento, presidente da agência.

(*) Crédito da foto: blende 12/Pixabay