Em vista de homenagear alguns funcionários estrangeiros no Dia do Imigrante, 25 de junho, a Rede Deville ouviu e compartilha algumas das histórias. A lista de depoimentos conta com Quintazinha Alves Dju Te, James Octavius, Jean Louis Mary Ernest, Will Floriza Mackendzy Jean Philippe, Angel David Teran Bolivar, Paul Wecner Salvador e Georginior Louis.

De acordo com Michele Zarur Varella, gerente corporativo de Treinamento e Desenvolvimento da Deville, a inclusão de estrangeiros faz parte do processo seletivo da rede. “Encontramos algumas dificuldades apenas quando o imigrante ainda não providenciou toda a documentação necessária para trabalhar no Brasil, como carteira de trabalho e CPF”, explica.

A profissional enxerga nessa diversidade a troca cultural como principal ponto positivo. “A flexibilidade, vontade e dedicação do imigrante normalmente nos deixam comovidos. Mas o mais gratificante é a oportunidade de reconstruírem suas histórias aqui no Brasil, principalmente quando conseguem trazer suas famílias para cá”, complementa.

Há alguns dias, a Deville informou mudanças no quadro de gerências durante o primeiro semestre.

Deville: depoimentos

No Deville Curitiba Batel, Quintazinha Alves Dju Te é auxiliar de cozinha. Nasceu em Guiné Bissau, na África, e está no Brasil desde 2018. “Me senti bem aqui no hotel desde quando fiz a entrevista. Já aprendi muito trabalhando na cozinha, ajudando no café da manhã, refeitório e outras tarefas. Pretendo visitar a minha família assim que possível”.

Já no Deville Prime Porto Alegre, James Octavius é o chefe de Steward. Ele veio do Haiti. “A partir de 2015 meus amigos começaram a sair do Haiti para migrar para o Brasil e Chile e eu cheguei aqui em 2016, na casa do meu tio. Não sabia nada de português, nem dar bom dia. Em dois meses comecei a trabalhar no hotel e não me arrependo de ter saído do meu país. Agora tenho casa própria, só estou com saudade da minha mãe e meu filho, mas espero nesse final de ano conseguir visitá-los”, conta.

O Marriott São Paulo Airport conta com dois imigrantes haitianos em sua equipe: Jean Louis Mary Ernest (recepcionista pleno) e Will Floriza Mackendzy Jean Philippe (arrumador). O primeiro foi contratado em 2014 como garçom e veio para o Brasil depois do terremoto em janeiro de 2010.

“Eu não tinha esperança como jovem que estava estudando para ficar no meu país. Cheguei aqui em 2013 sem conhecer ninguém. Passei por várias empresas antes de entrar na rede Marriott em dezembro 2014”. O segundo chegou no país em 2016 e fez alguns bicos antes de trabalhar no hotel.

Angel David Teran Bolivar é venezuelano e também trabalha como arrumador no Marriott São Paulo Airport. Ele chegou no Brasil em 2018 e, para isso, se separou da família. “Trabalhar no hotel foi me abrindo as portas no campo de trabalho e me interessei na área hoteleira. Também me ajudou muito no processo de adaptação e de resiliência, porque ao estar em contato com novas pessoas (colegas de trabalho e hóspedes) aprendi e estou aprendendo novas culturas, línguas e me profissionalizando”.

O arrumador haitiano Paul Wecner Salvador está no empreendimento desde 2018. Ele passou pela Argentina e um amigo que morava no Brasil o ajudou. “As coisas não eram fáceis, pensei em deixar São Paulo. E um amigo pegou meu currículo e achou uma vaga no Marriott. Eu sinto que estou em família aqui dentro da empresa, gratidão pelo carinho e pelo tratamento que recebi de todos”.

Por fim, Georginior Louis é garçom no Marriott São Paulo Airport. Também haitiano, chegou no Brasil em 2016. “No dia em que eu pisei em São Paulo vi esse hotel na saída do aeroporto, eu sonhei em trabalhar nele e no ano de 2019, consegui um emprego no hotel. Fui muito bem recebido e tive bastante suporte, estou me sentindo bem e muito feliz por trabalhar aqui”.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Deville