Diante de um período de alta gradual da demanda por hospedagem e serviços, muitas redes hoteleiras têm a expansão como principal prioridade. E é pensando nisso que o Desenvolve SP, em parceria com a Setur-SP (Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo), e o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), criou o Programa de Crédito Turístico, com o objetivo de fomentar diversos projetos no setor.

Em entrevista ao Hotelier News, Ricardo Dalceno, consultor de Negócios do Desenvolve SP, destacou que o programa atende hotéis, bares, restaurantes, marinas e demais empreendimentos voltados ao turismo.

“O Desenvolve SP atua com vários parceiros, com o propósito de oferecer linhas de crédito com uma taxa interessante e um prazo alongado para amortização. Nosso tipo de parceria é muito amplo, envolvendo vários segmentos, não só o turismo, apesar deste estar mais em evidência agora, por conta da demanda pós-pandemia”, explica.

Dalceno: retomada do turismo tem viabilizado diversos projetos

Hoje, o programa conta com uma carteira de empreendimentos e redes hoteleiras entre os principais parceiros, segundo Dalceno. As linhas de crédito contemplam projetos que vão desde reformas e ampliações até construções inteiras.

Como acessar o crédito

Dalceno explica que a iniciativa contempla empresas com faturamento a partir de R$ 81 mil por ano. “Para projetos, atuamos com linhas a partir de R$ 30 mil até R$ 30 milhões, com prazo de até 120 meses para amortização, com 24 meses de carência”, pontua, acrescentando que o programa também trabalha com capital de giro, entre R$ 20 mil e R$ 1 milhão.

O profissional destaca que, para acessar o crédito, as empresas devem preencher um formulário de solicitação no site do Desenvolve SP. “A empresa solicita o financiamento, e uma vez qualificada, nós solicitamos o faturamento, analisamos o limite e passamos para o empresário dar o aceite. A partir disso, partimos para a contratação. É um crédito rápido, com taxas que partem de 0,8% ao mês com correção da Selic”, afirma.

As garantias do programa variam de acordo com o projeto a ser executado. “Elas variam, porque cada projeto é único. Então, depois de feita toda a parte burocrática, negociamos as garantias junto ao empresário”, destaca.

(*) Crédito da capa: joelfotos/Pixabay

(**) Crédito da foto: Lucas Barbosa/Hotelier News