No trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego no Brasil voltou a subir. O indicador chegou a 14,2%, atingindo 14,3 milhões de pessoas, segundo divulgado hoje (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A média é a mais alta já registrada para o período, de acordo com informações do G1.

No último trimestre de 2020, o número de pessoas sem emprego era de 13, 9 milhões. Quando comparado aos três meses encerrados em janeiro do ano passado, houve alta de três pontos percentuais (11,2%).

Na comparação com o trimestre anterior, de agosto a outubro (14,3%), o IBGE considerou que a taxa de desemprego ficou estável. Em relação à população desempregada, também houve estabilidade na mesma base de comparação (14,1 milhão de pessoas), entretanto a entidade aponta alta de 19,8% frente ao trimestre encerrado em janeiro de 2020.

O IBGE considera como desempregados os trabalhadores que efetivamente procuraram emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.

Desemprego: população ocupada

Em contrapartida, o contingente de pessoas ocupadas cresceu 2%, chegando a 86 milhões em janeiro. O número representa 1,7 milhão de trabalhadores ativos a mais em relação ao trimestre encerrado em outubro do ano passado. Com isso, o nível de ocupação no país, percentual de pessoas ocupadas com idade para trabalhar, ficou em 48,7%.

Grande parte desse aumento vem de trabalhadores informais. O índice de empregados sem carteira assinada no setor privado subiu 3,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa alta de 339 mil pessoas.

Já os trabalhadores autônomos subiram 4,8% no mesmo período, totalizando 826 mil pessoas a mais. Trabalhadores domésticos e sem carteira, após crescerem 5,2% frente ao trimestre anterior, somam 3,6 milhões de pessoas. Desta forma, a taxa de informalidade no trimestre encerrado em janeiro foi de 39,7%.

O grupo populacional que não busca trabalho, os chamados desalentados, são aqueles que estão disponíveis para o mercado, e atualmente totalizam 5,9 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período em 2020, havia no Brasil 4,7 milhões de pessoas desalentadas.

(*) Crédito da foto: Wilson Dias/Agência Brasil