Ao fim do segundo trimestre, a taxa de desemprego no Brasil apontava 14,1 milhões de pessoas sem trabalho no país. De acordo com dados divulgados hoje (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice recuou para 13,7% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Apesar da queda, 14,1 milhões de brasileiros ainda estão desempregados.

O recuo no indicador é explicado pelo IBGE pelo aumento de pessoas ocupadas, que teve alta de 3,6% de um trimestre móvel para outro – o equivalente a 3,1 milhões de cidadãos empregados a mais, elevando o contingente a 89 milhões.

Desta forma, o índice de ocupação subiu 1,7 ponto percentual, a 50,2%. O indicador ficou acima dos 50% pela primeira vez desde o trimestre encerrado em abril, ainda no início da pandemia no Brasil.

“O que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país”, destaca Adriana Beringuy, analista da pesquisa, Adriana Beringuy, em nota.

Desemprego: emprego formal em alta

De acordo com o IBGE, o número de brasileiros com carteira assinada também aumentou no setor privado em 3,5%, ou seja, 1 milhão de trabalhadores. Com a elevação, o montante chega a 30,6 milhões no trimestre encerrado em julho. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o contingente aumentou 4,2% (mais 1,2 milhão de pessoas).

Em contrapartida, os postos de trabalho informais também cresceram, o que fez com que a taxa de informalidade subisse dos 39,8% para 40,8%. O número de trabalhadores desse grupo totalizou 36,3 milhões, ante 34,2 milhões no trimestre anterior. Na comparação anual, o contingente era menor, de 30,7 milhões e taxa de 37,4%.

O grupo inclui trabalhadores sem carteira assinada, sem CNPJ ou trabalhadores sem remuneração. O IBGE destaca que o avanço da informalidade vem sustentando a recuperação de ocupação do Pnad. Mesmo com o crescimento, o número de pessoas com trabalhos informais ainda está longe do registrado no trimestre encerrado em outubro de 2019, quando havia 38,8 milhões de brasileiros atuando de forma informal.

No setor privado, o número de empregados sem carteira (10,3 milhões) cresceu 6% frente ao trimestre móvel anterior. A alta foi de 19% em um ano e corresponde a 1,6 milhão de brasileiros.

O índice de trabalhadores por conta própria também subiu, atingindo o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas – aumento de 4,7%, ou seja, mais de 1,1 milhão.

(*) Crédito da foto: Ana Rayssa/CB/D.A. Press