O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje (30) os resultados da taxa de desemprego no país. O nível bateu recordes, atingindo 14,8 milhões de brasileiros, com índice de 14,7% no trimestre encerrado em abril. Os números são frutos do impacto da pandemia no mercado de trabalho. As informações são da Folha de São Paulo.

As informações integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que divulga mensalmente os dados. No mesmo período em 2020, ainda no início da crise, o índice chegava a 12,6% no país. Apesar dos resultados pouco animadores, o setor hoteleiro vem realizando contratações mirando a retomada do turismo.

Segundo as estatísticas, um profissional é considerado desempregado quando não tem ocupação e está em busca de oportunidades. O IBGE computa tanto trabalhadores formais quanto informais.

Com a chegada da segunda onda de contágios e novas restrições de circulação, a economia encontrou mais empecilhos para impulsionar sua retomada e, consequentemente, o mercado de trabalho sentiu o baque.

Desemprego: auxilio emergencial

Outro fator relevante para o recorde de desemprego foi o fim do auxílio emergencial na virada do ano. A reedição da medida foi sancionada apenas em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, com redução de valores das parcelas e enxugamento de beneficiários.

A paralisação do auxílio levou muitas pessoas a retomarem a busca por empregos, o que eleva o percentual do indicador. Economistas afirmam que a melhora consistente do mercado de trabalho depende da recuperação do setor de serviços, principal empregador do país.

A crise foi intensificada no setor pelo fato de que essas atividades precisam da circulação de clientes. Na visão de especialistas, o avanço da vacinação contra um Covid-19 é a peça fundamental para permitir a melhora dos negócios e, posteriormente, a geração de vagas de trabalho.

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