A partir de amanhã (21), o Rio de Janeiro vai quase voltar à “normalidade”. Mesmo com percentual alto de ocupação de leitos nos hospitais da cidade associados a casos de Covid-19, a gestão Eduardo Paes publicou decreto Diário Oficial ampliando a atuação de bares e restaurantes, além de liberar eventos para até 500 pessoas. Vale ressaltar que a prefeitura carioca já havia permitido também público em partidas de futebol.

Dessa forma, nos bares e restaurantes, os clientes poderão ser servidos nas áreas interna e externa, mesmo que estejam de pé nas calçadas. Ou seja, nada muito diferente do que acontecia antes da pandemia. Em relação às medidas no saguão, recomenda-se que ainda seja mantido o distanciamento mínimo entre mesas e cadeiras. Do lado de fora, a única exigência é de que não ocorram aglomerações nos acessos aos estabelecimentos.

Mais ainda, com a nova determinação, o Rio, que vem investindo em ações de promoção turística, passa a ser a primeira capital brasileira a acelerar o processo de retomada, permitindo aglomerações em níveis semelhantes ao período pré-pandemia, na contramão das demais capitais, que retomam suas atividades de maneira mais moderada. Para dirigentes do setor de bares e restaurantes na capital fluminense, a iniciativa foi um avanço, sendo bastante celebrada.

“Os negócios ligados à gastronomia precisam de um alento. Precisam vender mais que antes para pagar as dívidas do período”, explica Fernando Blower, presidente do SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro), em entrevista à CNN. Ele acrescenta que a regra do distanciamento ainda impacta os bares menores, mas que a flexibilização permite um retorno gradual ao padrão de funcionamento de antes da pandemia.

Outros segmentos

O novo cenário também impacta shoppings, casas de festas e de espetáculos, circos, parques de diversão e pontos turísticos. Nestes locais, a lotação máxima passa para 70% da capacidade do espaço. Já os eventos em locais abertos poderão comportar até 500 pessoas.

Em academias, piscinas e centros de treinamento, a exigência é que os frequentadores usem máscara e apresentem o passaporte da vacina, documento obrigatório também em estádios, onde a lotação máxima passa para 50%.

Dados apontam que, apesar do relaxamento nos protocolos de segurança, ainda existe uma realidade preocupante a ser superada. Na rede SUS da capital, a taxa de ocupação dos leitos de UTI ainda é superior a 80%.

(*) Crédito da foto: Nuno Lopes/Pixabay