A CVC Corp atualizou hoje (10) o mercado e investidores com uma série de novidades para o futuro da companhia. Cinco grandes projetos devem guiar o crescimento no curto e médio prazos, todos tendo a aceleração da transformação digital do grupo como eixo principal. Entretanto, um deles – nas palavras de Leonel Andrade – é a joia da coroa. Trata-se da VHC (Vacation Homes Collection) que, segundo o CEO da gigante do turismo nacional, pode representar 20% da receita da companhia futuramente.

Hoje, a VHC – comprada há dois anos – tem apenas 226 residências na base (modelo de short-term rental). “Mesmo com essa quantidade é rentável”, disse Leonel durante o CVC Investor Day, hoje pela manhã. “É um mercado de US$ 144 bilhões e foi um segmento que sentiu menos os efeitos da pandemia. Temos uma joia e alta capacidade para investir, embora não seja muito necessário. É um negócio com margens muito altas e payback em 18 meses no modo geral”, acrescentou.

Todas as casas atualmente na base ficam nos Estados Unidos, mas Leonel garante que, em breve, a empresa ampliará atuação para Brasil e Península Ibérica (Portugal e Espanha). “Queremos 8 mil residências em pouco tempo. Talvez, lá na frente, a VHC possa representar 20% do nosso negócio, mas ainda é difícil prever”, comentou. “Vamos apostar em um diferencial de serviços, como arrumadeiras, segurança, motoristas e até mesmo eventos especiais. Na Disney, por exemplo, se o cliente quiser almoçar com o Pato Donald teremos essa opção por meio dos nossos parceiros”, completou.

CVC: expansão digital

Durante a teleconferência, Andrade reforçou o discurso da importância do grupo acelerar sua transformação digital. No entanto, em sua mensagem, garantiu que esse movimento já começou faz tempo – as recentes vagas abertas mostram isso. “Começamos quase do zero e já temos mais 10 milhões de clientes na nossa base. Com data science e CRM, queremos conhecê-los cada vez melhor para entregar os melhores produtos, experiências e preços aos consumidores.”

Portanto, além do VHC, as demais iniciativas anunciadas têm – direta ou indiretamente – pegada digital. Programa de fidelidade focado em viagens, projeto de agentes autônomos, marketplace de experiências temáticas e o Reprograma CVC (de ações de sustentabilidade) guiarão o futuro da companhia. Saiba um pouco mais abaixo:

CVC - novos projetos_short-term rental_Leonel Andrade

 Andrade: VHC é uma joia, com excelentes margens e grande potencial de geração de receita

– Programa de fidelidade: unidade de negócio com muito foco em gerar mais viagens. O primeiro passo para viabilizá-los foi o lançamento do cartão em parceria com o Itaú-Unibanco. “Foco para que os consumidores realmente fiquem conosco. Geramos muitos clientes novos, mas por falta de canais digitais não tínhamos um incentivo grande de recorrência, o que os levava a buscar outros fornecedores. Em breve, lançaremos um clube de assinatura”, explicou Andrade.

– Agentes autônomos: a ideia é ampliar a distribuição física, só que conectada à presença digital, que é a principal aposta da empresa. “Vamos até o cliente para levar nossos produtos, com incentivo ao empreendedorismo. Tudo será gerenciado dentro de nossa área B2B. Teremos um exercito de vendedores, todos conectados às nossas plataformas”, explica o CEO da CVC Corp.

– Marketplace temático: a ideia é atender ao desejo cada vez maior dos consumidores por personalização. Além disso, segundo Andrade, alguns públicos necessitam de assistência para para viajar, caso da da Melhor Idade. “Queremos colocar a CVC como protagonistas para viagens. Há oportunidades com idosos, wellness, turismo religioso, LGBT, voluntariado… Criaremos um marketplace para concentrar essas ofertas e dar a melhor experiência com personalização possível, distribuindo em todos os canais do grupo”, comenta.

– Sustentabilidade: a CVC Corp garante que não será um programa para agradar ambientalistas ou coisas do tipo. Segundo Andrade, é um eixo fundamental para o futuro, relacionado com o compromisso da companhia com a sociedade. “Em maio, lançaremos um programa com objetivo de reduzir nossa pegada de carbono e estreitar a relação com os diferentes stakeholders. Vivemos do planeta e temos que devolver para ela e a comunidade tudo que usamos”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Divulgação/CVC Corp

(**) Crédito da foto: Rafael Arbex/Estadão