Em um pico inédito, o número de casos de Covid-19 alcançou novos patamares. Só ontem (13), até às 20h, o Brasil havia registrado 97.221 pessoas infectadas, segundo divulgado pelo Valor Econômico. O total desde o início da pandemia já soma 22.815.827 contaminados. A média de doentes foi de 60.072 por dia na semana encerrada nesta quinta-feira, sendo a maior desde 29 de junho.

Em relação à semana móvel anterior, o crescimento é de 634%. Os dados foram apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias regionais de saúde. Impulsionado pela variante Ômicron, a alta no número de infectados impressiona. No dia 3 de janeiro, foram registrados 11.850 pessoas contaminadas, o que representa alta de 737%, índice inédito desde o início da pandemia.

Na primeira onda, o recorde de pessoas doentes foi batido em 29 de julho, com 46.536 novos casos. Já na segunda onda, o índice de infectados chegou a 77.265, em 24 de junho, de acordo com o UOL. Além da nova cepa, a explosão da Covid-19 é consequência também das festividades e aglomerações de fim de ano. A curva de aceleração pode ser vista também em outros países e a previsão é que metade da Europa seja infectada nas próximas semanas.

Por aqui, acredita-se que o número de pessoas com Covid-19 seja muito maior do que o divulgado, pois ainda existem resquícios do apagão de dados do Ministério da Saúde, assim como a subnotificação devido à quantidade de casos leves, falta de testes e pessoas que não procuram os serviços de saúde.

Nova onda e seus desdobramentos

Como já era esperado, a nova onda de contágios começou a surtir efeito em diversos setores, principalmente no turismo. Ontem, a Clia Brasil suspendeu as operações de cruzeiros no Brasil até o dia 4 de fevereiro, até então programada para o dia 21 de janeiro.

Em São Paulo, o governador João Doria recomendou que os eventos sejam realizados com capacidade máxima de 70% de público e exigência de comprovante de vacinação completa. Ele ainda prorrogou o uso obrigatório de máscaras em ambientes abertos e fechados até o dia 31 de março.

O setor aéreo também vem sofrendo com o número de tripulantes infectados, o que resultou no cancelamento de voos. De acordo com o divulgado nesta segunda-feira (10), cerca de 500 operações foram canceladas no país.

(*) Crédito da foto: Pixabay