contratação de serviços- junhoEmpresas seguem cortando sua fiorça de trabalho pelo quarto mês seguido

A pandemia de coronavírus segue impactando a economia brasileira. Após recorde de perdas de emprego no setor em abril, a contratação de serviços segue em queda. Segundo a pesquisa PMI (Índice de Gerentes de Compras) compilada pelo IHS Markit, divulgada hoje (3), o mês avançou para a máxima de quatro meses de 35,9 contra 27,6 no mês passado.

Mesmo ainda longe da parca de 50 – que separa o crescimento de contração – os dados mostram que os volumes de novos trabalhos apresentaram declínio pelo quarto mês seguido. As vendas internas e externas foram menores, e novos negócios para o exterior caíram de forma considerável, segundo informações da Reuters.

As empresas do setor continuaram a cortar sua força de trabalho como forma de redução de custos. A queda de vagas aconteceram também pelo quarto mês seguido, sendo esta a taxa mais acentuada na história da pesquisa.

Embora os gastos operacionais tenham aumentado no ritmo mais lento na história da pesquisa, as margens permaneceram sob pressão já que os descontos atingiram novo recorde, com as empresas tentando conquistar novos trabalhos em um ambiente extremamente desafiador.

Contratação de serviços: confiança

Entre o valor dos insumos, a pesquisa aponta aumento nos preços de EPIs (equipamentos de proteção individual). Apesar do cenário desafiador, a confiança melhorou e voltou a território positivo pela primeira vez em quatro meses, sustentada pelas previsões de retomada da atividade econômica relacionadas ao afrouxamento das restrições contra o coronavírus.

Entretanto, o sentimento permanece historicamente baixo, já que algumas empresas indicaram preocupações com atraso na retomada devido às dificuldades de controle da pandemia. Apesar das perdas no setor de serviços, o PMI Composto do Brasil se fortaleceu em junho para a máxima em quatro meses de 40,8, de 28,1 em maio. Isso porque o PMI da indústria mostrou que o setor voltou a crescer em junho pela primeira vez desde fevereiro.

(*) Crédito da foto: Sergio Moraes/Reuters